O Planalto e o Itamaraty concluíram que o ditador Hosni Mubarak não tem mais condições de se manter no comando do país.
A avaliação é de que ele não se sustentará até as eleições de setembro, nem terá condições de eleger seu filho Gamal. A expectativa é de recrudescimento da crise.
Com base nos relatos do embaixador brasileiro no Cairo, Cesário Melantonio, o governo avalia que os manifestantes que se dizem "pró-Mubarak" na verdade são policiais à paisana coordenados pelo novo ministro do Interior, Mahmoud Wagdi.
Segundo Melantonio, o regime de Mubarak está tentando dissimular a sua ação contra os manifestantes. Primeiro, retirou a polícia e pôs o Exército. Depois, o Exército anunciou que se retirava. Agora, usa os policiais na rua travestidos de civis.
A atitude de Mubarak gerou reuniões ontem no Planalto e no Itamaraty para "subir o tom" contra o regime. O governo brasileiro tem sido cauteloso ao se manifestar publicamente sobre a crise, sempre de forma mais amena que EUA e Europa.
O Itamaraty chegou ontem a cogitar divulgar uma nova nota mais dura sobre a situação na região, mas no fim do dia voltou atrás por ordem do ministro Antonio Patriota.
Desde que a onda de manifestações começou no Egito, o Ministério de Relações Exteriores divulgou duas notas.
Ambas diziam que o governo acompanha com atenção a situação no país.
Nas reuniões, analisou-se também que está se tornando inviável a realização da cúpula de chefes de Estado e governo dos países árabes e da América do Sul, marcada para o dia 16, em Lima.
Na ONU, o Brasil avalia que, por enquanto, não é o caso de levar o tema ao Conselho de Segurança.
O país assumiu anteontem, por um mês, a presidência do CS e passou a organizar sua agenda de debates.
"Achamos que no momento a questão [egípcia] é mais bem abordada internamente. A situação é de acompanhar e ver como vai evoluir", afirmou a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Viotti.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
A avaliação é de que ele não se sustentará até as eleições de setembro, nem terá condições de eleger seu filho Gamal. A expectativa é de recrudescimento da crise.
Com base nos relatos do embaixador brasileiro no Cairo, Cesário Melantonio, o governo avalia que os manifestantes que se dizem "pró-Mubarak" na verdade são policiais à paisana coordenados pelo novo ministro do Interior, Mahmoud Wagdi.
Segundo Melantonio, o regime de Mubarak está tentando dissimular a sua ação contra os manifestantes. Primeiro, retirou a polícia e pôs o Exército. Depois, o Exército anunciou que se retirava. Agora, usa os policiais na rua travestidos de civis.
A atitude de Mubarak gerou reuniões ontem no Planalto e no Itamaraty para "subir o tom" contra o regime. O governo brasileiro tem sido cauteloso ao se manifestar publicamente sobre a crise, sempre de forma mais amena que EUA e Europa.
O Itamaraty chegou ontem a cogitar divulgar uma nova nota mais dura sobre a situação na região, mas no fim do dia voltou atrás por ordem do ministro Antonio Patriota.
Desde que a onda de manifestações começou no Egito, o Ministério de Relações Exteriores divulgou duas notas.
Ambas diziam que o governo acompanha com atenção a situação no país.
Nas reuniões, analisou-se também que está se tornando inviável a realização da cúpula de chefes de Estado e governo dos países árabes e da América do Sul, marcada para o dia 16, em Lima.
Na ONU, o Brasil avalia que, por enquanto, não é o caso de levar o tema ao Conselho de Segurança.
O país assumiu anteontem, por um mês, a presidência do CS e passou a organizar sua agenda de debates.
"Achamos que no momento a questão [egípcia] é mais bem abordada internamente. A situação é de acompanhar e ver como vai evoluir", afirmou a embaixadora brasileira nas Nações Unidas, Maria Luiza Viotti.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário