Prefeito descarta fusão com qualquer outro partido para as eleições de 2012. E promete lealdade a Serra
Pedro Venceslau
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, teve umdia complicado ontem, quando formalizou sua saída do DEM e a criação de um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), em São Paulo. Depois de umato político que reuniu ontem cerca de 100 políticos na Assembleia Legislativa, ele teve que fazer contorcionismo para não comentar seu maior índice de reprovação desde que assumiu a prefeitura de São Paulo — 43% de ruim e péssimo, segundo dados do Instituto Datafolha.
Logo antes disso, Kassab enfrentara outra saia justa. Assim que pegou omicrofone, foi surpreendido com uma manifestação de protesto feita por participantes do evento na capital paulista. O grupo, que levantou cartazes contra o aumento na tarifa de ônibus em São Paulo, começou gritando “abaixa o busão” e terminou com palavrões. Constrangido, o prefeito pediu “uma salva de palmas” para os manifestantes. Como se não bastasse, o chefe do executivo paulista teve que encarar as piadas do programa CQC, da Band, que insistiu em saber mais sobre “o partidinho” que estava nascendo. Mas a jornada também teve bons momentos para os kassabistas. Políticos de peso se dividiram entre a plateia e o palco. O ex-governador de São Paulo, Claudio Lembo, foi um dos primeiros a assinar a lista de adesões ao PSD. Em seguida foi a vez de Guilherme Afif, vice-governador de São. Aos jornalistas, Kassab informou que ele e o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge, são os nomes estão mais cotados para disputar a prefeitura paulista na pela nova agremiação. “Essa decisão será tomada mais para frente. Vou cumprir meu compromisso com as urnas até o fim”, disse
Afif sobre uma possível renúncia do cargo de vice-governador e secretário de Geraldo Alckmin (PSDB). Pelo menos por hora, o prefeito garante que segue como aliado do governador Alckmin em São Paulo e, simultaneamente, da presidente Dilma, em Brasília.
Nem cá, nem lá
Aclamado como líder incontestável da nova legenda,oprefeito paulistano encontrou certa dificuldade emexplicar emqual espectro ideológico vai orbitar o PSD. “Não existem mais hoje no mundo partidos de esquerda ou direita. Não vamos aderir ao go-verno A, B ou C. Somos um partido independente”, disse.
Quando questionado sobre sua lealdade ao ex-governador José Serra, seumentor político, Kassab se viu novamente emparedado. “Minha relação com ele é inquebrável. Onde ele tiver um projeto, eu estarei ao seu lado”, garantiu. Em seguida, foi indagado pelos repórteres com uma pergunta sobre sua relação com a presidente Dilma Rousseff. “A
aproximação com ela sempre existiu, mas votei no Serra. O PSD caminhará com suas próprias pernas”, desconversou.
Solo
O prefeito paulistano descartou qualquer tipo de fusão partidária, pelo menos até as eleições de 2014. A expectativa era que, depois de criado, o PSD se unisse ao PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. ■
FONTE: BRASIL ECONÔMICO
Pedro Venceslau
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, teve umdia complicado ontem, quando formalizou sua saída do DEM e a criação de um novo partido, o PSD (Partido Social Democrático), em São Paulo. Depois de umato político que reuniu ontem cerca de 100 políticos na Assembleia Legislativa, ele teve que fazer contorcionismo para não comentar seu maior índice de reprovação desde que assumiu a prefeitura de São Paulo — 43% de ruim e péssimo, segundo dados do Instituto Datafolha.
Logo antes disso, Kassab enfrentara outra saia justa. Assim que pegou omicrofone, foi surpreendido com uma manifestação de protesto feita por participantes do evento na capital paulista. O grupo, que levantou cartazes contra o aumento na tarifa de ônibus em São Paulo, começou gritando “abaixa o busão” e terminou com palavrões. Constrangido, o prefeito pediu “uma salva de palmas” para os manifestantes. Como se não bastasse, o chefe do executivo paulista teve que encarar as piadas do programa CQC, da Band, que insistiu em saber mais sobre “o partidinho” que estava nascendo. Mas a jornada também teve bons momentos para os kassabistas. Políticos de peso se dividiram entre a plateia e o palco. O ex-governador de São Paulo, Claudio Lembo, foi um dos primeiros a assinar a lista de adesões ao PSD. Em seguida foi a vez de Guilherme Afif, vice-governador de São. Aos jornalistas, Kassab informou que ele e o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge, são os nomes estão mais cotados para disputar a prefeitura paulista na pela nova agremiação. “Essa decisão será tomada mais para frente. Vou cumprir meu compromisso com as urnas até o fim”, disse
Afif sobre uma possível renúncia do cargo de vice-governador e secretário de Geraldo Alckmin (PSDB). Pelo menos por hora, o prefeito garante que segue como aliado do governador Alckmin em São Paulo e, simultaneamente, da presidente Dilma, em Brasília.
Nem cá, nem lá
Aclamado como líder incontestável da nova legenda,oprefeito paulistano encontrou certa dificuldade emexplicar emqual espectro ideológico vai orbitar o PSD. “Não existem mais hoje no mundo partidos de esquerda ou direita. Não vamos aderir ao go-verno A, B ou C. Somos um partido independente”, disse.
Quando questionado sobre sua lealdade ao ex-governador José Serra, seumentor político, Kassab se viu novamente emparedado. “Minha relação com ele é inquebrável. Onde ele tiver um projeto, eu estarei ao seu lado”, garantiu. Em seguida, foi indagado pelos repórteres com uma pergunta sobre sua relação com a presidente Dilma Rousseff. “A
aproximação com ela sempre existiu, mas votei no Serra. O PSD caminhará com suas próprias pernas”, desconversou.
Solo
O prefeito paulistano descartou qualquer tipo de fusão partidária, pelo menos até as eleições de 2014. A expectativa era que, depois de criado, o PSD se unisse ao PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. ■
FONTE: BRASIL ECONÔMICO
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