Em São Paulo, as principais legendas já começaram a se articular e discutir nomes para a disputa municipal
Julia Duailibi
Os principais partidos do País deram a largada na disputa pela eleição municipal de 2012, na semana passada. Intensificaram as articulações internas e com outras legendas para pavimentar o caminho na corrida do ano que vem. A eleição para prefeitos em 2012 é vista como uma prévia da disputa presidencial de 2014.
O PT paulistano promoveu no final de semana o 2.º Congresso das Direções Zonais do partido para tratar de temas e definir estratégias para a eleição. A ideia é que o partido aprove hoje uma resolução em que manifestará a intenção de escolher o candidato a prefeito já no segundo semestre deste ano.
No PT paulistano, existe a avaliação de que em 2010 o partido demorou para definir o candidato a governador. O então senador Aloizio Mercadante aceitou o desafio, depois de a cúpula nacional do partido flertar com outros nomes, como o ex-ministro Ciro Gomes (PSB).
Se a resolução interna for aprovada, poderá dificultar a vida de potenciais candidatos que são ministros. É o caso de Fernando Haddad (Educação) e Mercadante (Ciência e Tecnologia), que resistiriam a tomar qualquer decisão sobre candidatura este ano.
Adversários. No PSDB, a largada foi dada há uma semana, no domingo passado, quando o partido se reuniu na capital paulista para escolher o novo presidente municipal. De olho na eleição de 2012, vereadores, aliados do governador Geraldo Alckmin e tucanos com interesse em candidatar-se a prefeito embaralharam a formação de uma nova Executiva municipal.
Amanhã, o partido se reúne novamente para tentar uma composição entre os diversos atores na nova direção partidária. Tucanos temem repetir a história. Em 2008, a legenda rachou quando os vereadores do PSDB apoiaram a reeleição do prefeito Gilberto Kassab contra a candidatura de Alckmin.
O PMDB também intensificou o contato com o deputado Gabriel Chalita (PSB), que pretende disputar a Prefeitura de São Paulo. A sigla flertou com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que está no PSB, mas o vice-presidente da República, Michel Temer, quer ceder a legenda para os planos eleitorais de Chalita, o segundo parlamentar mais votado do Estado nas eleições de outubro de 2010.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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