CONSULTORIAS
Ninguém parece saber da vida atual da ex-chefe da Casa Civil de Lula
Roberto Maltchik
BRASÍLIA. Oito meses após a traumática saída do governo, atingida pelo escândalo de tráfico de influência na Casa Civil, a antecessora de Antonio Palocci prossegue no exílio. Erenice Guerra havia decidido passar a quarentena forçada em São Paulo. Mudou de ideia e vive discretamente em confortável casa no Lago Sul, região nobre de Brasília, relatam os poucos amigos que se encorajam a falar sobre o destino da ex-braço-direito da presidente Dilma Rousseff.
Quando a presidente assumiu, em janeiro, Erenice estava entre os privilegiados convidados que puderam cumprimentá-la no Planalto. À época, alimentava o desejo de retornar à advocacia, após quase 30 anos de consultoria jurídica ao PT e no serviço público. Cinco meses depois, sua atuação nos tribunais ainda é um mistério.
Na Justiça, sobressai-se apenas a ação na qual é protagonista. Erenice processa a revista "Veja", autora da denúncia de tráfico de influência, e aguarda o desfecho do inquérito da Polícia Federal, aberto em setembro para investigar o caso. Nos tribunais de Brasília e São Paulo, não há registros de processos em que a "Dra. Erenice" se apresenta como operadora do Direito.
Amigos desdenham da intimidade que pouco tempo atrás os enchia de orgulho. Políticos, magistrados e advogados indicados por Erenice repetem: "Faz tempo que não a vejo. Perdi o contato". Hoje ela não é mais servidora pública. Desligou-se da Eletronorte e não aparece como aposentada ou pensionista nos quadros da estatal ou da administração direta do governo federal.
FONTE: O GLOBO
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