Líderes dão crise com Planalto por encerrada, mas parlamentares falam em tensão
BRASÍLIA. O Congresso retoma os trabalhos na próxima quinta-feira, ainda sob o impacto da guerra aberta pelo PMDB na semana passada contra o Planalto e à espera do anúncio de mudanças no Ministério das Cidades. Interlocutores do governo sustentam que o pior momento já passou — depois que a própria presidente Dilma Rousseff decidiu manter o peemedebista Sérgio Machado na Transpetro —, mas alertam que o clima ainda é de tensão com setores do PMDB. O Planalto sabe que uma possível vingança não será imediata.
O partido deverá usar a própria lógica dos trabalhos no Congresso para demonstrar eventual reação a conta-gotas.
O PMDB não deverá se mobilizar para evitar a convocação de ministros que estejam sendo alvo de denúncias. Mas está numa saia justa para deflagrar reação na Câmara. Um dos primeiros itens da pauta é a votação do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp) — bandeira de Dilma abraçada pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves, senador do PMDB e primo do líder Henrique Eduardo Alves.
O líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), conversou com o colega do PMDB e acredita que eventuais problemas não afetarão as votações.
— O PMDB voltará bem, estamos governando juntos. Não tem crise nenhuma.
As mudanças afetaram todos os partidos. O próprio Alves me disse que estava tranquilo.
FONTE: O GLOBO
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