SÃO PAULO - O secretário municipal de Educação de São Paulo, Alexandre Schneider (PSD) confirmou ontem que deixa o posto, que ocupava desde 2006, e ficará à disposição da coligação que terá José Serra (PSDB) como candidato à sucessão paulistana. Nome mais cotado dentro da sigla para a vice da chapa de Serra, Schneider vislumbra ainda uma candidatura a vereador, caso a vaga seja usada para atrair mais partidos para a aliança.
Mestre em políticas públicas pela Fundação Getúlio Vargas, Schneider foi chefe de gabinete das secretarias dos Transportes e da Segurança Pública na gestão Mário Covas (PSDB) no governo do Estado. Na prefeitura, foi secretário-adjunto de Governo durante a gestão Serra, iniciada em 2005, e no ano seguinte passou a chefiar a Educação municipal. Filiado ao PSDB até o ano passado, deixou o partido em agosto e pouco mais de um mês depois entrou para o PSD. "Achei mais coerente. Não poderia continuar em um partido que, nas eleições, deve se opor à gestão da qual participo", afirmou à época, quando a candidatura de Serra ainda era dada como improvável.
A proximidade com Serra e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), contam pontos para sua escolha a vice na chapa que defenderá o legado da atual gestão, bem como sua experiência em Educação pode, segundo aliados, anular a vantagem de rivais na eleição sobre o tema. O candidato petista, Fernando Haddad, é ex-ministro da Educação, e o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB), ex-secretário estadual na mesma área.
Schneider termina sua gestão tendo a falta de vagas em creches como a principal pendência. Em que pese o crescimento no número de alunos matriculados - passou de 109,7 mil em 2008 para 200,9 mil em 2012 - atualmente 114,3 mil crianças esperam novas vagas. No lugar de Schneider assume a secretária adjunta Célia Regina Guidon.
Outro que deixa o cargo com vistas à eleição municipal é o secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo (PSDB), que estuda a possibilidade de disputar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo e deverá participar da campanha de José Serra (PSDB) à prefeitura paulistana. Ele será substituído pelo diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Matos Araujo.
Matarazzo deve sair da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) até quinta-feira. O secretário-adjunto, Luís Sobral, assumirá o cargo interinamente até Araujo terminar suas atividades na direção da Pinacoteca. Advogado, museólogo e doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), Araujo foi diretor do Museu Lasar Segall e integra os conselhos da Fundação Bienal de São Paulo, da Fundação José e Paulina Nemirovsky, do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e do acervo artístico-Cultural dos palácios do governo do Estado.
Matarazzo desistiu de disputar a prévia do PSDB, que definiu o candidato à prefeitura paulistana, em favor do ex-prefeito e ex-governador. Ele deve ter um papel de destaque na campanha tucana e é cotado para ser vice de Serra, caso o partido opte por uma chapa puro-sangue. A possibilidade, no entanto, é tida como "remota" no PSDB, que busca aliança com PSD e DEM. (VL e CA)
FONTE: VALOR ECONÔMICO
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