Vice-presidente estadual da sigla, Pompeo de Mattos diz que ex-deputado daria "upgrade" à chapa
Paulo Germano
As articulações para indicar o ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB) à vaga de vice-prefeito na chapa de José Fortunati (PDT) já ganharam simpatizantes no partido do prefeito de Porto Alegre. O movimento ameaça as pretensões do vereador Sebastião Melo (PMDB), até então favorito para o posto.
Ontem, o vice-presidente estadual do PDT, Pompeo de Mattos – que também é secretário do Trabalho de Fortunati –, revelou preferência por Ibsen.
– Melo é muito respeitado por nós. Mas sabemos que Ibsen daria um upgrade à candidatura. E essa hipótese começa a ganhar corpo – garantiu Pompeo.
O upgrade ocorreria porque Ibsen, eleito cinco vezes deputado federal, teria mais força para angariar votos à tentativa de reeleição do prefeito. Segundo Pompeo, líderes do PDT evitam se envolver nas discussões do PMDB, mas "existe uma torcida".
Entre os peemedebistas, uma guerra interna divide o partido. Quem mais trabalha para enfraquecer Melo é o secretário municipal da Indústria e Comércio, Valter Nagelstein – que no mês passado chegou a dizer, no Twitter, que Melo "nomeia pessoas que não trabalham" para a prefeitura de Porto Alegre.
Dirigente do PP estadual nega preferência por ex-deputado O deputado Alceu Moreira engrossou o coro em defesa de Ibsen:
– Continuo defendendo a candidatura própria, com Ibsen na cabeça de chapa. E se ele é o candidato ideal para prefeito, em uma coligação também seria o melhor vice.
Na bancada de vereadores, no entanto, Melo goza de apoio majoritário. E este é o principal amparo para sustentá-lo na vaga de vice.
– O outro (Ibsen) até tem condições (de ser vice-prefeito), mas estamos falando de um dos melhores vereadores da cidade – argumentou o líder da bancada, Idenir Cecchim.
Ontem à tarde, o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, lançou nota contestando informação publicada por ZH na segunda-feira.
A reportagem dizia que o ingresso de Ibsen na chapa facilitaria a entrada do PP na coligação com Fortunati. O ex-presidente da Câmara, em virtude da idade mais avançada (ele está com 76 anos), não seria um candidato natural para a eventual sucessão de Fortunati em 2016.
Os aliados, assim, poderiam disputar a indicação. Bernardi negou a articulação. "(...) não faz parte da minha conduta política tratar assuntos que digam respeito a indicação de candidato e/ou coligação de outros partidos", escreveu ele.
Um interlocutor dele, no entanto, garantiu que o grupo do PP que defende a coligação com Fortunati – e não com Manuela D"Ávila (PC do B) – ganha força com a possibilidade de Ibsen ganhar a vaga de vice.
FONTE: ZERO HORA (RS)
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