Políticos ignoram alianças e vão às ruas por seus candidatos
Marcelo Remígio
O fim de semana foi de traições explícitas a alianças políticas firmadas na Região Metropolitana do Rio. Em Niterói, o candidato do PSD a prefeito, Sergio Zveiter, promoveu uma carreata com a participação do presidente do PMDB, Jorge Picciani. Os peemedebistas estão na coligação do candidato do PT e adversário político de Zveiter, Rodrigo Neves. Já em Duque de Caxias, as traições partem dos petistas, que foram às ruas fazer campanha para o candidato Washington Reis (PMDB). O racha tem inviabilizado no município o acordo nacional firmado com o PSB do candidato Alexandre Cardoso.
A carreata de Zveiter percorreu ruas dos bairros Fonseca, Barreto, Caramujo e Ititioca, na Zona Norte de Niterói. Sem constrangimento pela quebra da aliança, Picciani pediu votos para Zveiter, ao lado do deputado estadual Wagner Montes (PSD) e do líder do governo na Alerj, André Corrêa.
- Eu acredito e confio no Sergio Zveiter. Niterói será referência de coisas boas, não de manchetes negativas, como temos visto nos últimos anos - disse Picciani.
Antes do fechamento das alianças, Picciani defendeu a coligação com o PDT e, mesmo sendo voto vencido, manteve sua posição de resistência a Rodrigo. O petista não comentou o caso. Para amenizar a crise, o governador Sérgio Cabral (PMDB) e outros caciques do PMDB têm acompanhado Rodrigo nas ruas. Cabral deverá participar, esta semana, de um corpo a corpo com o candidato petista.
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Na manhã de ontem, petistas de Duque de Caxias participaram de corpo a corpo com Washington Reis em feiras livres dos bairros Imbariê, Parada Angélica, Santa Cruz da Serra e Nova Campina. O racha no acordo nacional entre PT-PSB veio após a candidatura de Dalva Lazaroni (PT) à prefeitura ser sacrificada em favor da disputa paulistana. Para que o PSB apoiasse Fernando Haddad, foi exigida a coligação com o PT, tendo Alexandre Cardoso como cabeça de chapa.
Dalva foi escolhida após cumprir todas as convenções exigidas pelo partido. No entanto, acabou sem a legenda para a disputa. Parte da militância e do diretório local foi contra a decisão regional e fechou o apoio a Washington Reis.
- O PT de Duque de Caxias não pode continuar a ser moeda de troca. Cumprimos todas as etapas para o lançamento de candidatura própria. O município é o segundo em orçamento e estratégico no estado. Não há motivo para andarmos à sombra do PSB - criticou Dalva.
Presidente regional do PT, Jorge Florêncio acompanha o racha em Duque de Caxias. Segundo ele, após as eleições, encaminhará os casos de traição à comissão de ética.
FONTE: O GLOBO
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