Ela enviou uma carta de Natal aos servidores públicos federais
Cristiane Bonfanti
BRASÍLIA - O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), informou nesta quarta-feira que acionará a Justiça Eleitoral e a Procuradoria-Geral da República “contra o uso indevido da máquina pública” pela presidente Dilma Rousseff. No dia 24, o GLOBO informou que a presidente enviou uma carta de Natal aos servidores públicos federais.
“Esse tipo de ação já caracteriza, por si só, abuso de poder. Nenhum outro candidato teria acesso aos endereços de todos os funcionários públicos federais para poder enviar correspondências natalinas similares”, disse Sampaio, por meio de nota.
“Mas a presidente Dilma vai ainda mais longe na afronta às leis e à Constituição, pois essa ação ilegal configurou, na realidade, promoção pessoal visando angariar votos para sua candidatura em 2014. E tudo isso foi feito, ao que tudo indica, com dinheiro público”, afirmou o líder tucano.
Segundo a nota, Sampaio vai protocolar na sexta-feira uma representação para que a Procuradoria-Geral da República “investigue a prática de crime contra a administração pública e de ato de improbidade administrativa”. Outra medida será o envio de pedido de informações à Secretaria-Geral da Presidência da República para que o órgão apresente cópia da carta enviada aos servidores e informe quem pagou as despesas com a confecção e o envio da carta.
Na carta, a presidente disse que é o trabalho árduo e diário dos funcionários que mantém o otimismo dela com o presente e futuro do Brasil. E que o serviço de qualidade para toda a população promove a inclusão social, a cidadania e o fortalecimento da democracia.
“Em um país como o Brasil, de dimensões continentais, com uma população de 200 milhões de habitantes e em pleno processo de redução de suas desigualdades, a prestação de serviços públicos de qualidade possui especial relevância”, diz a presidente na carta. “Principalmente para os brasileiros mais pobres e vulneráveis, para os quais a atuação do Estado é decisiva para a garantia de seus direitos básicos”.
Fonte: O Globo
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