• Márcio Lacerda, de Belo Horizonte, e outros dizem não concordar com rompimento com PSDB
Ezequiel Fagundes – O Globo
BELO HORIZONTE- Principal nome do PSB em Minas, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, aliado do presidenciável Aécio Neves (PSDB), veio a público ontem demonstrar insatisfação com o rompimento da aliança de seu partido com os tucanos mineiros. Lacerda chamou a direção do PSB de incoerente, realçou que tal decisão desconhece a realidade do estado e reafirmou que vai apoiar a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo, contrariando o partido. Sobre a campanha presidencial, o prefeito desconversou. Disse que decidirá futuramente.
— Não vou sair do partido. Estou apenas solicitando a reavaliação da decisão, que achei incoerente. Penso que Eduardo Campos já tem uma votação em BH e no estado. Ele tem seus princípios e valores, que a gente respeita.
Não estou tomando nenhuma posição aqui em relação à eleição presidencial. Estou falando de eleição para governador de Minas. Farei o que a Justiça Eleitoral
permitir. O termo “palanque” é muito amplo, vamos avaliar caso a caso — declarou.
Campos e Aécio haviam firmado um acordo pré-eleitoral que previa apoio mútuo em Minas e em Pernambuco. Na última sexta- feira, no entanto, o PSB lançou o ex-prefeito de Juiz de Fora e exdeputado federal Tarcísio Delgado, pai do deputado federal Júlio Delgado, ao governo do estado.
Corrida para viabilizar chapa
O secretário institucional do PSB de Minas, deputado estadual Wander Borges, calcula que os 32 prefeitos do partido vão fazer campanha em suas cidades para o tucano Pimenta da Veiga:
— A nossa situação é complexa, não tem como voltar atrás. É o mesmo que marcar o casamento, chamar os padrinhos e os convidados, mas, na hora da cerimônia,
trocar os noivos.
O PSB corre contra o tempo para viabilizar sua chapa. Poucos do partido aceitam a empreitada de ser vice e candidato ao Senado em cima da hora. Assim, a sigla
está se aproximando de nanicos. Outro drama é a debandada de candidatos a deputado. Vários nomes demonstram desinteresse de entrar na disputa sem o apoio do Palácio da Liberdade
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