Por Fabio Murakawa | Valor Econômico
BRASÍLIA - Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu nesta terça-feira a possibilidade de seu partido lançar um candidato à presidência da República para "defender o legado" do presidente Michel Temer (PMDB). Jucá fez a afirmação ao comentar a cisão do PSDB em torno do apoio ou não ao governo. Ele afirmou que o "PMDB não vai ficar órfão" de alguém para defender essa herança, caso o PSDB opte por uma postura crítica ao governo.
"O PSDB vive um dilema interno que vai ter que resolver. No ano que vem vamos ter um legado econômico que será um das espinhas dorsais da discussão das eleições. Todos os partidos vão defender? Quem tem que decidir é o PSDB", disse Jucá. "Se não tiver essa defesa, o PMDB não vai ficar órfão da defesa desse legado. Se não tiver ninguém para defender o legado, O PMDB vai lançar um candidato para fazer essa defesa."
Ao comentar uma possível recuperação econômica, Jucá, que também é presidente nacional do PMDB, disse que Temer "fez mágica". "Ele fez mais do que o Mister M e o David Copperfield juntos", afirmou, citando famosos ilusionistas.
Jucá não quis fazer previsões sobre o PSDB permanecer ou não com as três pastas que detém no governo. Segundo ele, isso "depende do PSDB".
Sobre a reforma ministerial, que tende a acelerar após a saída do ministro das cidades Bruno Araújo (PSDB), o líder do governo no Senado confirmou que a tendência é que não sejam nomeados ministros que terão que sair em abril para disputar as eleições.
"Senão você vai ter um ministro no Natal, no Ano Novo e no Carnaval. Vai ser um ministro festivo", afirmou.
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