“A sociedade não vai abdicar facilmente do que conquistou, mas é preciso que transforme isso em motivação política.
Não há oposição efetiva, os movimentos sociais estão destroçados, o sindicalismo também”. Então, por mais que a harmonia na atual coalizão governamental seja difícil, os riscos são pequenos para ela.
Há processos reais, inamovíveis, irremovíveis que vêm trabalhando na nossa sociedade; e que isso, no limite, propicia um avanço continuo da democracia.
Não há caminho a ensinar para eles; eles têm de aprender por eles mesmos, como nós aprendemos, quando o país, em um certo dia de agosto de 1954, foi dormir de um jeito e, com o suicídio de Vargas, acordou de outro.
Eu e muitos da minha geração mudamos com a difusão da sua carta testamento no rádio, um dia inteiro, produzindo um impacto intelectual, moral, político muito grande sobre cada um de nós.
O céu de brigadeiro a que alguns arautos do novo governo têm feito referência só existe em razão de os bloqueios políticos ao novo grupo no poder serem ainda muito frágeis.”
*Entrevista à revista Política Democrática online, quarta edição, janeiro, 2019. A publicação é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Partido Popular Socialista (PPS).
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