LULA CONDENA LUTA ARMADA PARA OBTER PODER
Luiza Damé
Presidente elogia Colômbia e diz que Farc têm de agir dentro dos parâmetros democráticos e libertar todos os reféns
Luiza Damé
Presidente elogia Colômbia e diz que Farc têm de agir dentro dos parâmetros democráticos e libertar todos os reféns
BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que, depois da libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt e de mais 14 pessoas, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) têm que agir dentro dos parâmetros democráticos e libertar todos os reféns. O presidente condenou o uso da luta armada para qualquer grupo chegar ao poder na América do Sul.
- Eu espero que as Farc tenham sensibilidade de participar do jogo democrático e liberar todos os reféns que ainda existem na mão das Farc. Eu acho que foi uma coisa extremamente importante para a Humanidade. Quem sabe isso agora esteja mexendo com a cabeça das Farc para que tomem a atitude de liberar todos os reféns - afirmou.
Lula condenou o seqüestro de pessoas, afirmando que esse é um ato abominável, e elogiou a atuação do governo colombiano. Para ele, o resgate dos 15 reféns há anos nas mãos das Farc foi uma vitória do governo colombiano e de todos que lutam pela liberdade e pela paz.
O presidente disse ter ficado "extremamente satisfeito" com o resgate dos reféns. Ele afirmou que vai conversar com o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. O presidente disse que na América do Sul não há espaço para a luta armada:
- Eu acho que é preciso ter um fim. Aqui na América do Sul, na América Latina não existe nenhuma razão para alguém querer chegar ao poder pela via armada, porque a democracia reina neste continente, todas as forças políticas se organizam em partidos políticos. É uma coisa do passado achar que a via armada é a solução para alguma coisa, sobretudo em regime de liberdade.
Algumas horas apenas após a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) apresentou e conseguiu aprovar no plenário um requerimento convidando a colombiana para participar de uma sessão do Senado Federal. A idéia de Suplicy, que foi apoiada por mais de 20 senadores, é que Ingrid Betancourt possa relatar os seis anos de cativeiro em que ficou em poder das Farc e expor ainda seus planos para ajudar na pacificação de seu país. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado deverá designar uma comitiva de parlamentares para entregar pessoalmente o convite à ex-senadora.
MEU COMENTÁRIO:
Mas, na frase em negrito, fica evidente as duas almas do presidente: justifica os amigos "aloprados"que sequestraram, e defederam a luta armada quando não tinha "o regime de liberdade".
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