Ernesto Maggiotto Caxeiro
Professor de Filosofia e Advogado
Um dos problemas teóricos mais importantes de toda a esquerda ainda hoje é saber se a luta de classes acabou.Para muitos isto é um fato ,mas para outros isto é um absurdo.
O que aconteceu é que no processo de auto-reforma do socialismo,da revolução para o reformismo,principalmente encabeçado pela linha gramsciana do Partido Comunista Italiano houve uma mudança de fundamento quanto ao pensamento de Karl Marx.
Para Marx e Engels a revolução não podia ser senão universal(de todos os trabalhadores)e contra a classe exploradora,a burguesia.Não havia espaço para a mediação nacional.Toda forma de consideração teórica do problema nacional era acusada de nacionalismo ou, pior, queda para a "revolução nacional" dos nazistas.
Stalin, em seu único livro importante,com alguma teoria,afirmava,seguindo os clássicos,que a nação era um conceito eminentemente burguês e que,portanto, deveria ser rechaçado.O seu projeto de " socialismo num só país",era uma forma de fortalecer a URSS para embates inevitáveis no futuro.Stalin e o stalinismo jamais aceitaram,por exemplo,o conceito de Kruschev,de " coexistência pacífica", como prova desta afirmação.
Ocorre que há um erro nesta dialética.A falta de consideração desta mediação revela uma incompreensão de um outro conceito basilar de Marx,o " concreto de pensamento",a abstração plena de conteúdo,aquela que nos devolve o concreto(a " verdade é concreta" dizia Marx),para diferenciar das abstrações vazias do idealismo.
Dialeticamente falando toda a abstração devia acompanhar o movimento vivo do real,porque este não é extático,mas movimenta-se.A revolução mundial dos trabalhadores tem que considerar a nação no seu processo de transformação,porque os modos de exploração e dominação se diferenciam de formação nacional para formação nacional.Se o capital não tem pátria,ele não tem uma pátria só,relacionando-se de maneira diferente em cada país ou nação.
Na auto-reforma,em direção ao reformismo e aceitando de modo radical a democracia e o direito ,foi preciso incluir as classes exploradoras,como portadoras de direitos,como eventuais participantes do processo de mudança(a burguesia defendeu e criou a democracia moderna,bem como o direito moderno).
A dialética da luta de classes consagra a luta e a associação de todas as classes.Se isto vai conduzir à transformação é um problema para um próximo artigo,mas que isto não acaba com a luta de classes não acaba,porque as formas de exploração continuam.Não há desemprego na atual crise?
Não há acumulação primitiva na rotatividade semestral dos professores nas faculdades particulares e em outra empresas?Não há processo de dominação real ou simbólico?Talvez na Itália,pátria do melhorismo,onde uma luta de sessenta anos colocou os trabalhadores na posição de não revolucionar,tal afirmação possa se fazer,mas no Brasil?
Os partidos de esquerda têm que considerar isto!
O que aconteceu é que no processo de auto-reforma do socialismo,da revolução para o reformismo,principalmente encabeçado pela linha gramsciana do Partido Comunista Italiano houve uma mudança de fundamento quanto ao pensamento de Karl Marx.
Para Marx e Engels a revolução não podia ser senão universal(de todos os trabalhadores)e contra a classe exploradora,a burguesia.Não havia espaço para a mediação nacional.Toda forma de consideração teórica do problema nacional era acusada de nacionalismo ou, pior, queda para a "revolução nacional" dos nazistas.
Stalin, em seu único livro importante,com alguma teoria,afirmava,seguindo os clássicos,que a nação era um conceito eminentemente burguês e que,portanto, deveria ser rechaçado.O seu projeto de " socialismo num só país",era uma forma de fortalecer a URSS para embates inevitáveis no futuro.Stalin e o stalinismo jamais aceitaram,por exemplo,o conceito de Kruschev,de " coexistência pacífica", como prova desta afirmação.
Ocorre que há um erro nesta dialética.A falta de consideração desta mediação revela uma incompreensão de um outro conceito basilar de Marx,o " concreto de pensamento",a abstração plena de conteúdo,aquela que nos devolve o concreto(a " verdade é concreta" dizia Marx),para diferenciar das abstrações vazias do idealismo.
Dialeticamente falando toda a abstração devia acompanhar o movimento vivo do real,porque este não é extático,mas movimenta-se.A revolução mundial dos trabalhadores tem que considerar a nação no seu processo de transformação,porque os modos de exploração e dominação se diferenciam de formação nacional para formação nacional.Se o capital não tem pátria,ele não tem uma pátria só,relacionando-se de maneira diferente em cada país ou nação.
Na auto-reforma,em direção ao reformismo e aceitando de modo radical a democracia e o direito ,foi preciso incluir as classes exploradoras,como portadoras de direitos,como eventuais participantes do processo de mudança(a burguesia defendeu e criou a democracia moderna,bem como o direito moderno).
A dialética da luta de classes consagra a luta e a associação de todas as classes.Se isto vai conduzir à transformação é um problema para um próximo artigo,mas que isto não acaba com a luta de classes não acaba,porque as formas de exploração continuam.Não há desemprego na atual crise?
Não há acumulação primitiva na rotatividade semestral dos professores nas faculdades particulares e em outra empresas?Não há processo de dominação real ou simbólico?Talvez na Itália,pátria do melhorismo,onde uma luta de sessenta anos colocou os trabalhadores na posição de não revolucionar,tal afirmação possa se fazer,mas no Brasil?
Os partidos de esquerda têm que considerar isto!
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