“Mas quando Gramsci, com inteligência e coragem, corrigiu desse modo o texto consagrado do alfabeto comunista, a sua concepção apareceu como uma blasfêmia e ele foi punido,sepultando-se no silêncio sua obra e seu nome. De 1930 a 1945 – é preciso dizer sem subterfúgios, pelo menos uma vez, essa triste palavra -, a palavra de ordem foi, com efeito, nada dizer sobre ele, a não ser em termos rituais e quando das comemorações de praxe. E foi assim até que, com a virada democrática, o Partido – tendo se colocado na projeção estratégica e tática de sua revisão doutrinária – pôde perceber o quanto e por quão longo tempo fora marginalizado e repudiado aquele que é agora unanimemente colocado na própria origem do movimento comunista italiano.”
(Umberto Terracini, deputado e companheiro de prisão com Gramsci, presidente da Assembléia Constituinte, pós-guerra, no prefácio do livro “Antonio Gramsci, uma vida” de Lauren Lajolo, pág. 11 – Editora Brasiliense, S. Paulo, 1982)
(Umberto Terracini, deputado e companheiro de prisão com Gramsci, presidente da Assembléia Constituinte, pós-guerra, no prefácio do livro “Antonio Gramsci, uma vida” de Lauren Lajolo, pág. 11 – Editora Brasiliense, S. Paulo, 1982)
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