Eugênia Lopes e Vera Rosa
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Presidente disse que usou sua cota com terceiros e provocou críticas do PSDB e do DEM
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) considerou ontem absurdas as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o uso indiscriminado da cota de passagens aéreas recebidas pelos deputados federais. Para Lula, essa discussão é uma "hipocrisia". O presidente da República admitiu ainda que, quando era deputado (entre 1987 e 1991), usou a cota de passagens da Câmara para levar sindicalistas a Brasília. Lula não acha correto, no entanto, o uso dos bilhetes para turismo.
"A prática do presidente Lula é de banalizar a ética. Com essas declarações, ele está dizendo que ética é hipocrisia e todo mundo deve se locupletar", afirmou. Em sua avaliação, o presidente da República não sabe "separar o público do privado". "Ele (Lula) não tem noção de defender a correção no uso de recursos públicos. Ele é um mau exemplo de prática republicana", disse Madeira.
O tucano condenou o fato de o presidente Lula ter usado sua cota para levar sindicalistas a Brasília. "Parlamentares darem passagens para sindicatos é errado, é uma transgressão."
A maioria dos deputados, no entanto, usou sua cota com terceiros. Segundo o site Congresso em Foco, 261 deputados usaram as passagens em viagens ao exterior, entre janeiro de 2007 e outubro de 2008.
Para o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), Lula está "coberto de razão". "Não vejo problema nenhum quando um deputado traz para Brasília, com passagens pagas pela Câmara, sindicalistas ou pessoas relacionadas ao exercício de seu mandato", comentou.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), condenou as declarações de Lula. "É muito estranho o presidente fazer essa manifestação somente agora", observou. "Agora o Congresso já cuidou de se autopurgar e adotou providências moralizadoras."
O assunto repercutiu também em Ribeirão Preto (SP), onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), participou de uma feira de tecnologia agrícola. Ele evitou polemizar sobre as falas de Lula, mas defendeu que o uso das passagens seja restrito ao exercício do cargo. "É uma questão de mais transparência e mais organização."
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Presidente disse que usou sua cota com terceiros e provocou críticas do PSDB e do DEM
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) considerou ontem absurdas as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o uso indiscriminado da cota de passagens aéreas recebidas pelos deputados federais. Para Lula, essa discussão é uma "hipocrisia". O presidente da República admitiu ainda que, quando era deputado (entre 1987 e 1991), usou a cota de passagens da Câmara para levar sindicalistas a Brasília. Lula não acha correto, no entanto, o uso dos bilhetes para turismo.
"A prática do presidente Lula é de banalizar a ética. Com essas declarações, ele está dizendo que ética é hipocrisia e todo mundo deve se locupletar", afirmou. Em sua avaliação, o presidente da República não sabe "separar o público do privado". "Ele (Lula) não tem noção de defender a correção no uso de recursos públicos. Ele é um mau exemplo de prática republicana", disse Madeira.
O tucano condenou o fato de o presidente Lula ter usado sua cota para levar sindicalistas a Brasília. "Parlamentares darem passagens para sindicatos é errado, é uma transgressão."
A maioria dos deputados, no entanto, usou sua cota com terceiros. Segundo o site Congresso em Foco, 261 deputados usaram as passagens em viagens ao exterior, entre janeiro de 2007 e outubro de 2008.
Para o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), Lula está "coberto de razão". "Não vejo problema nenhum quando um deputado traz para Brasília, com passagens pagas pela Câmara, sindicalistas ou pessoas relacionadas ao exercício de seu mandato", comentou.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), condenou as declarações de Lula. "É muito estranho o presidente fazer essa manifestação somente agora", observou. "Agora o Congresso já cuidou de se autopurgar e adotou providências moralizadoras."
O assunto repercutiu também em Ribeirão Preto (SP), onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), participou de uma feira de tecnologia agrícola. Ele evitou polemizar sobre as falas de Lula, mas defendeu que o uso das passagens seja restrito ao exercício do cargo. "É uma questão de mais transparência e mais organização."
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