AP, AFP, Efe e Reuters, TEGUCIGALPA
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Governo autoproclamado tenta restaurar normalidade em meio à crise
O governo autoproclamado de Honduras levantou ontem o toque de recolher imposto desde que o presidente Manuel Zelaya foi deposto de seu cargo, no dia 28. A medida foi vista por muitos como uma tentativa do presidente autoproclamado, Roberto Micheletti, de restaurar a normalidade e consolidar o golpe em meio à grave crise política do país. "O governo informa que a partir deste domingo, 12 de julho, fica suspenso em todo o território nacional o toque de recolher", afirmou um comunicado oficial.
O toque de recolher obrigava a população hondurenha a permanecer em suas casas das 23 horas às 4h30. Juan Barahona, líder da base de apoio de Zelaya, afirmou que o governo de facto estava sob pressão de bares e outros estabelecimentos comerciais que foram prejudicados pelo toque de recolher. "Isso é para dar ao mundo a impressão de que há um ambiente de liberdade no país", disse Barahona.
Tanto o governo de facto como Zelaya estão sob intensa pressão da comunidade internacional para que alcancem uma solução negociada para o impasse. O presidente deposto passou o fim de semana em Washington em busca de apoio para obter a restituição do poder. Ontem, ele se reuniu com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. No sábado, Zelaya se encontrou com o ainda responsável pela diplomacia americana para a América Latina e futuro embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon.
MEDIAÇÃO NA COSTA RICA
O diálogo entre representantes de Zelaya e de Micheletti deve ser retomado em poucos dias sob a mediação do presidente da Costa Rica e Nobel da Paz, Oscar Arias. Na quinta-feira, o presidente costa-riquenho reuniu-se separadamente com Zelaya e Micheletti, que se recusaram a um encontro cara a cara.
Um dia depois, enviados das duas partes também foram recebidos por Arias e, apesar de nenhum acordo ter sido alcançado, ambos concordaram em fazer mais uma reunião. Segundo Arias, esse encontro deve ocorrer "em oito dias".
As negociações na Costa Rica têm sido apoiadas pelos EUA, mas duramente criticadas pela Venezuela, cujo presidente Hugo Chávez é um dos maiores defensores de seu aliado Zelaya.
Ontem, Chávez acusou as autoridades hondurenhas de terem detido brevemente jornalistas venezuelanos das emissoras de TV Telesul e Venezolana de Televisión.
"Esta madrugada, de maneira covarde, o governo mandou deter os jornalistas e depois os soltaram, mas agora estão no hotel e não os deixam sair", disse Chávez.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Governo autoproclamado tenta restaurar normalidade em meio à crise
O governo autoproclamado de Honduras levantou ontem o toque de recolher imposto desde que o presidente Manuel Zelaya foi deposto de seu cargo, no dia 28. A medida foi vista por muitos como uma tentativa do presidente autoproclamado, Roberto Micheletti, de restaurar a normalidade e consolidar o golpe em meio à grave crise política do país. "O governo informa que a partir deste domingo, 12 de julho, fica suspenso em todo o território nacional o toque de recolher", afirmou um comunicado oficial.
O toque de recolher obrigava a população hondurenha a permanecer em suas casas das 23 horas às 4h30. Juan Barahona, líder da base de apoio de Zelaya, afirmou que o governo de facto estava sob pressão de bares e outros estabelecimentos comerciais que foram prejudicados pelo toque de recolher. "Isso é para dar ao mundo a impressão de que há um ambiente de liberdade no país", disse Barahona.
Tanto o governo de facto como Zelaya estão sob intensa pressão da comunidade internacional para que alcancem uma solução negociada para o impasse. O presidente deposto passou o fim de semana em Washington em busca de apoio para obter a restituição do poder. Ontem, ele se reuniu com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza. No sábado, Zelaya se encontrou com o ainda responsável pela diplomacia americana para a América Latina e futuro embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon.
MEDIAÇÃO NA COSTA RICA
O diálogo entre representantes de Zelaya e de Micheletti deve ser retomado em poucos dias sob a mediação do presidente da Costa Rica e Nobel da Paz, Oscar Arias. Na quinta-feira, o presidente costa-riquenho reuniu-se separadamente com Zelaya e Micheletti, que se recusaram a um encontro cara a cara.
Um dia depois, enviados das duas partes também foram recebidos por Arias e, apesar de nenhum acordo ter sido alcançado, ambos concordaram em fazer mais uma reunião. Segundo Arias, esse encontro deve ocorrer "em oito dias".
As negociações na Costa Rica têm sido apoiadas pelos EUA, mas duramente criticadas pela Venezuela, cujo presidente Hugo Chávez é um dos maiores defensores de seu aliado Zelaya.
Ontem, Chávez acusou as autoridades hondurenhas de terem detido brevemente jornalistas venezuelanos das emissoras de TV Telesul e Venezolana de Televisión.
"Esta madrugada, de maneira covarde, o governo mandou deter os jornalistas e depois os soltaram, mas agora estão no hotel e não os deixam sair", disse Chávez.
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