Tiago Décimo
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Movimentação na Bahia é oposta ao planejado por Lula para os palanques em torno da candidatura de Dilma
Após deixar a base do governador da Bahia, Jaques Wagner, o PMDB conseguiu agora atrair o PTB, que também era aliado da gestão petista, para apoiar a candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo estadual. A movimentação toma contorno oposto ao planejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os palanques em torno da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A aliança entre PMDB e PTB na Bahia foi selada anteontem, em um almoço entre os dirigentes dos partidos no Estado. "Não há fisiologismo na parceria", declarou o presidente do PMDB baiano, Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel. "Estamos unidos pelos ideais."
Um dos líderes do PTB no Estado, Edmon Lucas, secretário estadual da Integração Regional, manteve apoio ao governo e pediu desfiliação. O governo baiano, por nota, considerou "natural" a decisão da sigla.
Lula tentará convencer Geddel a trocar a corrida ao governo baiano por uma candidatura ao Senado. O presidente já marcou conversa para a próxima semana com o ministro e o deputado Jader Barbalho (PA) - possível candidato a governador no Pará, de Ana Júlia Carepa (PT). Lula quer caminho livre para a reeleição de Wagner e Júlia.
RECESSO
A preocupação do presidente Lula é acertar todas as alianças até novembro ou dezembro, no máximo. A avaliação é de que, com o recesso no Legislativo, em janeiro, os parlamentares estarão em suas bases articulando e haverá uma dispersão em torno da aliança nacional.
"Não adianta ter boa vontade. É necessário o voto dos delegados na convenção para o partido apoiar Dilma", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos articuladores da aliança. E, para apoiar Dilma e ter os votos necessários dos convencionais, o PMDB tem demandas nos Estados.
Os peemedebistas argumentam que o PT já será beneficiado no âmbito nacional com o apoio do PMDB a Dilma e, por isso, quer resolver suas prioridades na base. "O PT não pode querer tudo. Eleger Dilma e brigar nos Estados", disse o líder.
Por sugestão do PMDB, a ministra deverá participar das próximas reuniões de Lula com os articuladores do partido e do PT. A intenção é que ela comece a se inteirar sobre os acertos entre os partidos e conheça melhor o quadro político nos Estados. As reuniões de avaliação serão de 15 em 15 dias, segundo informou Henrique Alves.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Movimentação na Bahia é oposta ao planejado por Lula para os palanques em torno da candidatura de Dilma
Após deixar a base do governador da Bahia, Jaques Wagner, o PMDB conseguiu agora atrair o PTB, que também era aliado da gestão petista, para apoiar a candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo estadual. A movimentação toma contorno oposto ao planejado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os palanques em torno da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
A aliança entre PMDB e PTB na Bahia foi selada anteontem, em um almoço entre os dirigentes dos partidos no Estado. "Não há fisiologismo na parceria", declarou o presidente do PMDB baiano, Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel. "Estamos unidos pelos ideais."
Um dos líderes do PTB no Estado, Edmon Lucas, secretário estadual da Integração Regional, manteve apoio ao governo e pediu desfiliação. O governo baiano, por nota, considerou "natural" a decisão da sigla.
Lula tentará convencer Geddel a trocar a corrida ao governo baiano por uma candidatura ao Senado. O presidente já marcou conversa para a próxima semana com o ministro e o deputado Jader Barbalho (PA) - possível candidato a governador no Pará, de Ana Júlia Carepa (PT). Lula quer caminho livre para a reeleição de Wagner e Júlia.
RECESSO
A preocupação do presidente Lula é acertar todas as alianças até novembro ou dezembro, no máximo. A avaliação é de que, com o recesso no Legislativo, em janeiro, os parlamentares estarão em suas bases articulando e haverá uma dispersão em torno da aliança nacional.
"Não adianta ter boa vontade. É necessário o voto dos delegados na convenção para o partido apoiar Dilma", disse o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos articuladores da aliança. E, para apoiar Dilma e ter os votos necessários dos convencionais, o PMDB tem demandas nos Estados.
Os peemedebistas argumentam que o PT já será beneficiado no âmbito nacional com o apoio do PMDB a Dilma e, por isso, quer resolver suas prioridades na base. "O PT não pode querer tudo. Eleger Dilma e brigar nos Estados", disse o líder.
Por sugestão do PMDB, a ministra deverá participar das próximas reuniões de Lula com os articuladores do partido e do PT. A intenção é que ela comece a se inteirar sobre os acertos entre os partidos e conheça melhor o quadro político nos Estados. As reuniões de avaliação serão de 15 em 15 dias, segundo informou Henrique Alves.
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