Catia Seabra
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
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Defensor da candidatura do governador José Serra (PSDB), o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, negou ontem que o partido tenha fechado uma aliança em apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
Quércia repetiu que é arbitrária uma decisão fora da Executiva do partido. "A decisão do presidente [licenciado] Michel Temer [PMDB] não é a decisão do partido. Sou membro da Executiva e não fui consultado. Como decidem sem uma reunião?"
Na semana passada, Temer cobrou do PT e do presidente Lula uma definição rápida sobre uma aliança nacional com o PMDB para apoiar Dilma. Ele pressionou ainda para que o PMDB ficasse com a vice, posição para a qual é o mais cotado.
O PT concordou em anunciar o acordo, provavelmente em outubro. Temer embarca para a Dinamarca na próxima quarta-feira com Lula, na comitiva que defenderá a Olimpíada no Rio em 2016. A ideia é que, na volta, o acordo se torne público.
Ontem, Temer voltou a defender definição imediata, uma "pré-aliança". Argumentou que foi cobrado por outras lideranças do partido e que, "se não houver a possibilidade da aliança, o que nós vamos sugerir é que o PMDB saia do governo".
Quércia disse que não reconhece a decisão de Temer. "Esse é o desejo de pessoas físicas.
Não é uma decisão do partido". Em reunião com o PMDB nacional, sugeriu que a proposta fosse submetida ao partido. "Cadê as bases?"
Questionado sobre a divergência, Temer disse que ela será resolvida na convenção do partido no ano que vem. E lembrou o fim da verticalização, ou seja, que a aliança nacional não tem mais que ser reproduzida nos Estados.
O deputado Ibsen Pinheiro (RS) foi outro que questionou. "Como podemos decidir a vice se nem escolheram o candidato? Sei que não se pode esperar a convenção. Mas não podemos decidir em setembro", disse.
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