DEU EM O GLOBO
Estratégia é desconstruir imagem de Dilma como "mãe" do PAC e discutir temas como saúde e segurança
Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos
BRASÍLIA. A oposição já identificou as prováveis armadilhas da estratégia eleitoral governista e procura uma espécie de antídoto ao discurso de defesa da intervenção estatal na economia e do sucesso dos programas sociais. Em vez de falar do Bolsa Família, a intenção dos oposicionistas em 2010 é explorar as fragilidades do governo Lula nas áreas de saúde e segurança pública.
— Não vamos cair na armadilha de que precisamos encontrar uma porta de saída para os beneficiários do Bolsa Família, pois isso passa a ideia de suspensão do programa. E não é o caso, até porque nossa ideia é dar prosseguimento a todos eles. Mas temos, sim, de apresentar novas alternativas, vinculadas especialmente à criação do emprego com carteira assinada, que garantirá a independência do cidadão, e áreas de interesse direto da população como saúde e segurança — afirma o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
O PT está determinado a insistir na comparação com a gestão tucana do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
— É preciso estabelecer no debate dos programas as diferenças entre os dois governos.
Todos os pontos nos favorecem: a política social, a economia e a política internacional. Até porque se a privatização tivesse continuado, nós não teríamos conseguido enfrentar a crise como enfrentamos.
As empresas e bancos estatais ajudaram o país a sair da crise — afirma o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo.
— Vamos explorar o conceito de redução da desigualdade de renda e da oportunidade de direitos, além de mostrar a importância do papel do Estado no enfrentamento da crise financeira, inclusive o papel dos bancos e empresas públicas — reforça o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Mesmo tentando fugir de armadilhas, os tucanos se preparam para enfrentar a comparação.
Uma das estratégias passa pela desconstrução da imagem que o presidente Lula tenta vender para sustentar a ideia de que a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata petista, é a “mãe” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mostrando que as obras de infraestrutura pouco avançaram. Outro tema a ser bastante explorado é a segurança.
— A desordem no Rio jogou por terra a expectativa do Lula e do governador Sérgio Cabral de surfarem na onda de otimismo gerada pela escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 — avalia Sérgio Guerra.
Fora desse campo, os pré-candidatos Ciro Gomes, do PSB, e Marina Silva, do PV, tentam entrar no debate com agendas próprias. Marina quer incluir na agenda de 2010 o tema do desenvolvimento sustentável, enquanto Ciro começa a traçar metas do seu “plano nacional de desenvolvimento”, deixando claro que vai evitar a polarização PT-PSDB.
Mesmo com a entrada de Marina na disputa presidencial, porém, são poucos os que acreditam que a agenda verde poderá dominar os próximos debates eleitorais. Tudo indica que o assunto só terá chances de ganhar destaque maior se a candidata crescer nas pesquisas e ameaçar os favoritos na corrida presidencial.
Estratégia é desconstruir imagem de Dilma como "mãe" do PAC e discutir temas como saúde e segurança
Gerson Camarotti e Adriana Vasconcelos
BRASÍLIA. A oposição já identificou as prováveis armadilhas da estratégia eleitoral governista e procura uma espécie de antídoto ao discurso de defesa da intervenção estatal na economia e do sucesso dos programas sociais. Em vez de falar do Bolsa Família, a intenção dos oposicionistas em 2010 é explorar as fragilidades do governo Lula nas áreas de saúde e segurança pública.
— Não vamos cair na armadilha de que precisamos encontrar uma porta de saída para os beneficiários do Bolsa Família, pois isso passa a ideia de suspensão do programa. E não é o caso, até porque nossa ideia é dar prosseguimento a todos eles. Mas temos, sim, de apresentar novas alternativas, vinculadas especialmente à criação do emprego com carteira assinada, que garantirá a independência do cidadão, e áreas de interesse direto da população como saúde e segurança — afirma o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
O PT está determinado a insistir na comparação com a gestão tucana do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
— É preciso estabelecer no debate dos programas as diferenças entre os dois governos.
Todos os pontos nos favorecem: a política social, a economia e a política internacional. Até porque se a privatização tivesse continuado, nós não teríamos conseguido enfrentar a crise como enfrentamos.
As empresas e bancos estatais ajudaram o país a sair da crise — afirma o secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo.
— Vamos explorar o conceito de redução da desigualdade de renda e da oportunidade de direitos, além de mostrar a importância do papel do Estado no enfrentamento da crise financeira, inclusive o papel dos bancos e empresas públicas — reforça o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Mesmo tentando fugir de armadilhas, os tucanos se preparam para enfrentar a comparação.
Uma das estratégias passa pela desconstrução da imagem que o presidente Lula tenta vender para sustentar a ideia de que a ministra Dilma Rousseff, pré-candidata petista, é a “mãe” do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mostrando que as obras de infraestrutura pouco avançaram. Outro tema a ser bastante explorado é a segurança.
— A desordem no Rio jogou por terra a expectativa do Lula e do governador Sérgio Cabral de surfarem na onda de otimismo gerada pela escolha da cidade para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 — avalia Sérgio Guerra.
Fora desse campo, os pré-candidatos Ciro Gomes, do PSB, e Marina Silva, do PV, tentam entrar no debate com agendas próprias. Marina quer incluir na agenda de 2010 o tema do desenvolvimento sustentável, enquanto Ciro começa a traçar metas do seu “plano nacional de desenvolvimento”, deixando claro que vai evitar a polarização PT-PSDB.
Mesmo com a entrada de Marina na disputa presidencial, porém, são poucos os que acreditam que a agenda verde poderá dominar os próximos debates eleitorais. Tudo indica que o assunto só terá chances de ganhar destaque maior se a candidata crescer nas pesquisas e ameaçar os favoritos na corrida presidencial.
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