DEU EM O ESTDO DE S. PAULO
Christiane Samarco
BRASÍLIA - O governador José Serra (PSDB) vai ficar no Palácio dos Bandeirantes até o fim do prazo legal de desincompatibilização, quando os candidatos são obrigados a deixar o governo. Em conversa com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), na madrugada de ontem, Serra afirmou que faz questão de cumprir o mandato até o limite legal, tirando a esperança da cúpula tucana que o pressiona a antecipar o lançamento da candidatura presidencial.
"Ele é candidato a presidente e, até o dia 30, não sai do governo", resumiu Guerra. "Pode sair dia 1º ou 2 de abril, mas antes do dia 30 não sai." Outro tucano da direção nacional lembra que, como 31 de março é data do golpe militar de 1964 e 1º de abril é conhecido como "dia da mentira", Serra tende a oficializar sua participação na corrida sucessória dia 2 de abril, último dia de governo para os candidatos às eleições.
"Tenho muito trabalho para fazer, muita inauguração para ir", teria justificado Serra, segundo relato de Guerra. "Não me custa terminar o mandato; estamos por 15 dias." A decisão contraria conselhos de aliados e apelos de auxiliares próximos, angustiados com a demora ante a campanha antecipada da adversária do PT e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Guerra passou o dia procurando acalmar correligionários, com o discurso de que "Serra está firme e as coisas estão se equacionando". Argumentou que, mesmo sem admitir a candidatura oficialmente, o governador está "cuidando de estruturar a campanha a presidente". Entre os nomes do PSDB que deverão integrar o staff político do tucano, além de Guerra, estão os senadores Álvaro Dias (PR) e Cícero Lucena (PB). Como têm mais quatro anos de mandato pela frente, ambos estarão mais disponíveis para cuidar da campanha presidencial.
Impaciente com o quadro, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) falou da "falta de entusiasmo que reinou" na recepção a Dilma na sessão para celebrar o Dia Internacional da Mulher. "Estava desanimado com a demora do Serra, mas quando vi a Dilma no palanque que o Sarney arrumou para ela no Senado, me animei. Ela é muito ruim."
Christiane Samarco
BRASÍLIA - O governador José Serra (PSDB) vai ficar no Palácio dos Bandeirantes até o fim do prazo legal de desincompatibilização, quando os candidatos são obrigados a deixar o governo. Em conversa com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), na madrugada de ontem, Serra afirmou que faz questão de cumprir o mandato até o limite legal, tirando a esperança da cúpula tucana que o pressiona a antecipar o lançamento da candidatura presidencial.
"Ele é candidato a presidente e, até o dia 30, não sai do governo", resumiu Guerra. "Pode sair dia 1º ou 2 de abril, mas antes do dia 30 não sai." Outro tucano da direção nacional lembra que, como 31 de março é data do golpe militar de 1964 e 1º de abril é conhecido como "dia da mentira", Serra tende a oficializar sua participação na corrida sucessória dia 2 de abril, último dia de governo para os candidatos às eleições.
"Tenho muito trabalho para fazer, muita inauguração para ir", teria justificado Serra, segundo relato de Guerra. "Não me custa terminar o mandato; estamos por 15 dias." A decisão contraria conselhos de aliados e apelos de auxiliares próximos, angustiados com a demora ante a campanha antecipada da adversária do PT e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Guerra passou o dia procurando acalmar correligionários, com o discurso de que "Serra está firme e as coisas estão se equacionando". Argumentou que, mesmo sem admitir a candidatura oficialmente, o governador está "cuidando de estruturar a campanha a presidente". Entre os nomes do PSDB que deverão integrar o staff político do tucano, além de Guerra, estão os senadores Álvaro Dias (PR) e Cícero Lucena (PB). Como têm mais quatro anos de mandato pela frente, ambos estarão mais disponíveis para cuidar da campanha presidencial.
Impaciente com o quadro, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) falou da "falta de entusiasmo que reinou" na recepção a Dilma na sessão para celebrar o Dia Internacional da Mulher. "Estava desanimado com a demora do Serra, mas quando vi a Dilma no palanque que o Sarney arrumou para ela no Senado, me animei. Ela é muito ruim."
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