DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Governador de Minas Gerais acredita que colega de São Paulo se beneficiará de confronto de ideias com concorrentes para se firmar na liderança da corrida pelo Palácio do Planalto
Daniela Almeida, Thiago Herdy
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), negou ontem, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que o PSDB estaria pagando o preço pela demora do seu colega paulista José Serra em assumir a pré-candidatura à Presidência da República. A declaração sobre a situação do partido foi feita na segunda-feira pelo presidente do PSDB paulista, deputado Antonio Mendes Thame, antes de um encontro no diretório em São Paulo para discutir as estratégias para as eleições.
Na avaliação de Aécio, que visitou ontem as obras do Hospital Municipal de Uberlândia, a campanha está longe de seu ápice. Não tenho essa aflição que vejo em muitas figuras hoje, não apenas do meu partido, mas entre os que nos apoiam. No momento em que houver o debate entre os candidatos, o governador Serra terá todas as condições de enfrentá-lo e vencer essas eleições, afirmou.
Já o deputado federal e presidente do PSDB-MG, Nárcio Rodrigues, acredita que a demora da sigla pode ter complicado a estratégia para fazer alianças. Discutimos que o PSDB deveria definir o candidato antes para haver tempo de construir a coligação. Como não foi possível, é preciso respeitar a posição do nosso candidato e tomar o nosso rumo, afirmou. O rumo, no caso, seria a candidatura de Aécio ao Senado.
Para Rodrigues, a possibilidade de o governador ocupar o posto de vice em uma chapa pura-sangue com Serra teria sido finalmente enterrada semana passada. Conseguimos sepultar essa imposição de lideranças. Eu disse que o governador não é pneu de estepe. Quer um espaço que lhe permita exercitar sua liderança nacional. E o Senado dará isso a ele.
A decisão foi reforçada pelo governador, que voltou a prometer que trabalhará pela campanha nacional a partir de Minas. É preciso que nós paremos de uma vez por todas com essas especulações de que é possível haver mudança. O momento é dele (de Serra). Caberá a mim apoiá-lo, afirmou. Segundo Aécio, seu papel na campanha será trabalhar para eleger seu sucessor no estado, o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB). A estratégia garantiria, assim, um forte palanque para o candidato à Presidência pelo PSDB em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país.
Rodrigues refutou notícias recentes sobre uma pesquisa qualitativa apontando que Serra seria visto pelo eleitorado mineiro como um adversário de Aécio, o que poderia enfraquecer o palanque do governador paulista no estado. Ele também negou que possa haver racha interno entre aecistas e serristas. Nossa irritação era em relação à tentativa de fazer Aécio vice. Ele foi um adversário circunstancial do governador, mas é nosso aliado e será nosso candidato se quiser ser, disse o deputado.
Batalha
Aécio Neves orientou ontem seus secretários de governo a se prepararem para o que chamou de batalha de informação dos próximos meses, quando a oposição tentará questionar eventuais avanços do governo tucano com foco nas eleições de outubro. Embora tenha dito, em entrevista, que nos próximos meses os secretários deverão apenas administrar o estado e não misturar campanha eleitoral com ações administrativas, na reunião a portas fechadas o governador cobrou do primeiro escalão a entrega de um grande balanço das ações de cada secretaria, comparando dados de 2002 (início do primeiro governo) e 2006 (início do segundo) com 2010.
O pedido foi feito na primeira reunião de trabalho do governador na Cidade Administrativa, inaugurada na semana passada, no Bairro Serra Verde, na Região Norte de Belo Horizonte. Os números em defesa do governo serão apresentados na próxima reunião com os secretários, a última de Aécio como governador, marcada para o dia 25.
Os dados também subsidiarão a campanha do vice-governador Antonio Anastasia, escolhido por Aécio como seu candidato à sucessão estadual. Teremos a oportunidade de mostrar, não com discursos, mas com números claros, o que ocorreu em Minais Gerais de 2003 até aqui. E o que vai ocorrer em Minas Gerais até o fim deste mandato e com reflexos para além de 2010, disse o governador.
Na reunião de ontem, Aécio cobrou dos secretários fidelidade e compromisso com Anastasia, que assumirá o governo em seu lugar, no início do próximo mês, para que Aécio possa ser candidato nas eleições de outubro.
“É preciso que nós paremos de uma vez por todas com essas especulações de que é possível haver mudança. O momento é dele (de Serra). Caberá a mim apoiá-lo”
(Aécio Neves, governador de Minas Gerais)
Governador de Minas Gerais acredita que colega de São Paulo se beneficiará de confronto de ideias com concorrentes para se firmar na liderança da corrida pelo Palácio do Planalto
Daniela Almeida, Thiago Herdy
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), negou ontem, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que o PSDB estaria pagando o preço pela demora do seu colega paulista José Serra em assumir a pré-candidatura à Presidência da República. A declaração sobre a situação do partido foi feita na segunda-feira pelo presidente do PSDB paulista, deputado Antonio Mendes Thame, antes de um encontro no diretório em São Paulo para discutir as estratégias para as eleições.
Na avaliação de Aécio, que visitou ontem as obras do Hospital Municipal de Uberlândia, a campanha está longe de seu ápice. Não tenho essa aflição que vejo em muitas figuras hoje, não apenas do meu partido, mas entre os que nos apoiam. No momento em que houver o debate entre os candidatos, o governador Serra terá todas as condições de enfrentá-lo e vencer essas eleições, afirmou.
Já o deputado federal e presidente do PSDB-MG, Nárcio Rodrigues, acredita que a demora da sigla pode ter complicado a estratégia para fazer alianças. Discutimos que o PSDB deveria definir o candidato antes para haver tempo de construir a coligação. Como não foi possível, é preciso respeitar a posição do nosso candidato e tomar o nosso rumo, afirmou. O rumo, no caso, seria a candidatura de Aécio ao Senado.
Para Rodrigues, a possibilidade de o governador ocupar o posto de vice em uma chapa pura-sangue com Serra teria sido finalmente enterrada semana passada. Conseguimos sepultar essa imposição de lideranças. Eu disse que o governador não é pneu de estepe. Quer um espaço que lhe permita exercitar sua liderança nacional. E o Senado dará isso a ele.
A decisão foi reforçada pelo governador, que voltou a prometer que trabalhará pela campanha nacional a partir de Minas. É preciso que nós paremos de uma vez por todas com essas especulações de que é possível haver mudança. O momento é dele (de Serra). Caberá a mim apoiá-lo, afirmou. Segundo Aécio, seu papel na campanha será trabalhar para eleger seu sucessor no estado, o vice-governador Antonio Anastasia (PSDB). A estratégia garantiria, assim, um forte palanque para o candidato à Presidência pelo PSDB em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país.
Rodrigues refutou notícias recentes sobre uma pesquisa qualitativa apontando que Serra seria visto pelo eleitorado mineiro como um adversário de Aécio, o que poderia enfraquecer o palanque do governador paulista no estado. Ele também negou que possa haver racha interno entre aecistas e serristas. Nossa irritação era em relação à tentativa de fazer Aécio vice. Ele foi um adversário circunstancial do governador, mas é nosso aliado e será nosso candidato se quiser ser, disse o deputado.
Batalha
Aécio Neves orientou ontem seus secretários de governo a se prepararem para o que chamou de batalha de informação dos próximos meses, quando a oposição tentará questionar eventuais avanços do governo tucano com foco nas eleições de outubro. Embora tenha dito, em entrevista, que nos próximos meses os secretários deverão apenas administrar o estado e não misturar campanha eleitoral com ações administrativas, na reunião a portas fechadas o governador cobrou do primeiro escalão a entrega de um grande balanço das ações de cada secretaria, comparando dados de 2002 (início do primeiro governo) e 2006 (início do segundo) com 2010.
O pedido foi feito na primeira reunião de trabalho do governador na Cidade Administrativa, inaugurada na semana passada, no Bairro Serra Verde, na Região Norte de Belo Horizonte. Os números em defesa do governo serão apresentados na próxima reunião com os secretários, a última de Aécio como governador, marcada para o dia 25.
Os dados também subsidiarão a campanha do vice-governador Antonio Anastasia, escolhido por Aécio como seu candidato à sucessão estadual. Teremos a oportunidade de mostrar, não com discursos, mas com números claros, o que ocorreu em Minais Gerais de 2003 até aqui. E o que vai ocorrer em Minas Gerais até o fim deste mandato e com reflexos para além de 2010, disse o governador.
Na reunião de ontem, Aécio cobrou dos secretários fidelidade e compromisso com Anastasia, que assumirá o governo em seu lugar, no início do próximo mês, para que Aécio possa ser candidato nas eleições de outubro.
“É preciso que nós paremos de uma vez por todas com essas especulações de que é possível haver mudança. O momento é dele (de Serra). Caberá a mim apoiá-lo”
(Aécio Neves, governador de Minas Gerais)
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