DEU EM O GLOBO
Atraso na execução do programa Minha Casa, Minha Vida no estado perde apenas para o do Amapá
Isabela Martin
FORTALEZA. A poucos dias do anúncio da segunda edição do Minha Casa,Minha Vida, o único contrato em andamento no Ceará, para a populaçãocom renda de até três salários mínimos, representa 0,23% das 51 milunidades previstas para o estado quando o programa foi lançado, há umano.
No bairro Vila Velha, periferia de Fortaleza, o residencialTurmalina terá 120 apartamentos previstos para dezembro, um ano após aassinatura do contrato, o primeiro do estado. Nenhum imóvel está de pé.É o único canteiro de obras do Minha Casa, Minha Vida no Ceará, queperde apenas para o Amapá em atraso na execução do programa. EmFortaleza, são 80 mil inscrições, e foi prevista a construção de 15 milunidades.
Concluído o serviço de terraplanagem, os 60funcionários trabalham nas fundações. É possível ver dois palmos dealvenaria brotando do chão. Segundo o engenheiro da obra, José TadeuAugusto Júnior, em dois meses o número de funcionários terá dobrado eos blocos de alvenaria estarão de pé e fechados.
A Fundação deDesenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), ligada àprefeitura e responsável pela inscrição das famílias, não para dereceber pedidos de explicação sobre a demora.
O atraso frustra apopulação e adia o sonho da casa própria. É o caso do carpinteiroEsmeraldo Jorge Batista, de 41 anos, pai de três filhos. Ele trabalhana construção do conjunto e se inscreveu no Minha Casa, Minha Vida.Pagando mensalmente R$ 150 de aluguel num bairro distante, ficoumotivado ao começar a trabalhar na obra.
A esperança é a última que morre diz.
Umano após o lançamento, apenas dois contratos para a população entrezero e três salários mínimos foram fechados no Ceará com a CaixaEconômica Federal, agente financeiro do programa.
O último,assinado há dez dias, é dos residenciais Virgílio Távora I, II e III,que serão construídos em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza.
Serão672 apartamentos. Mas a única movimentação no local, por enquanto, épara a instalação do canteiro de obras. O investimento do governofederal é de R$ 27,1 milhões.
Cerca de dez mil unidadeshabitacionais estariam sendo analisadas pelo banco, ainda muito aquémdos 51 mil projetados para o estado. Procurada, a Caixa não deuinformações. O imbróglio é maior em Fortaleza, município comaproximadamente 62% de área saneada. Como a grande parte dos terrenosindicados pelas construtoras para a construção dos residenciais fica emáreas sem saneamento, a Caixa veta o negócio.
Segundo opresidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Ceará,Roberto Sérgio Ferreira, as empresas estariam buscando alternativa emterrenos cujas áreas deverão ser beneficiadas pelo plano de expansão daCompanhia de Água e Esgoto do Ceará nos próximos dois anos.
Oprograma só está dando certo em quatro estados: Maranhão, Goiás, MatoGrosso e Bahia, que ultrapassou a meta em pelo menos 12 mil unidadeshabitacionais disse Ferreira.
Atraso na execução do programa Minha Casa, Minha Vida no estado perde apenas para o do Amapá
Isabela Martin
FORTALEZA. A poucos dias do anúncio da segunda edição do Minha Casa,Minha Vida, o único contrato em andamento no Ceará, para a populaçãocom renda de até três salários mínimos, representa 0,23% das 51 milunidades previstas para o estado quando o programa foi lançado, há umano.
No bairro Vila Velha, periferia de Fortaleza, o residencialTurmalina terá 120 apartamentos previstos para dezembro, um ano após aassinatura do contrato, o primeiro do estado. Nenhum imóvel está de pé.É o único canteiro de obras do Minha Casa, Minha Vida no Ceará, queperde apenas para o Amapá em atraso na execução do programa. EmFortaleza, são 80 mil inscrições, e foi prevista a construção de 15 milunidades.
Concluído o serviço de terraplanagem, os 60funcionários trabalham nas fundações. É possível ver dois palmos dealvenaria brotando do chão. Segundo o engenheiro da obra, José TadeuAugusto Júnior, em dois meses o número de funcionários terá dobrado eos blocos de alvenaria estarão de pé e fechados.
A Fundação deDesenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), ligada àprefeitura e responsável pela inscrição das famílias, não para dereceber pedidos de explicação sobre a demora.
O atraso frustra apopulação e adia o sonho da casa própria. É o caso do carpinteiroEsmeraldo Jorge Batista, de 41 anos, pai de três filhos. Ele trabalhana construção do conjunto e se inscreveu no Minha Casa, Minha Vida.Pagando mensalmente R$ 150 de aluguel num bairro distante, ficoumotivado ao começar a trabalhar na obra.
A esperança é a última que morre diz.
Umano após o lançamento, apenas dois contratos para a população entrezero e três salários mínimos foram fechados no Ceará com a CaixaEconômica Federal, agente financeiro do programa.
O último,assinado há dez dias, é dos residenciais Virgílio Távora I, II e III,que serão construídos em Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza.
Serão672 apartamentos. Mas a única movimentação no local, por enquanto, épara a instalação do canteiro de obras. O investimento do governofederal é de R$ 27,1 milhões.
Cerca de dez mil unidadeshabitacionais estariam sendo analisadas pelo banco, ainda muito aquémdos 51 mil projetados para o estado. Procurada, a Caixa não deuinformações. O imbróglio é maior em Fortaleza, município comaproximadamente 62% de área saneada. Como a grande parte dos terrenosindicados pelas construtoras para a construção dos residenciais fica emáreas sem saneamento, a Caixa veta o negócio.
Segundo opresidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Ceará,Roberto Sérgio Ferreira, as empresas estariam buscando alternativa emterrenos cujas áreas deverão ser beneficiadas pelo plano de expansão daCompanhia de Água e Esgoto do Ceará nos próximos dois anos.
Oprograma só está dando certo em quatro estados: Maranhão, Goiás, MatoGrosso e Bahia, que ultrapassou a meta em pelo menos 12 mil unidadeshabitacionais disse Ferreira.
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