“A dupla moral a que o Prêmio Nobel da Paz Oscar Arias faz referência, ao condenar a atitude do governo Lula de intransigência prévia no episódio das eleições hondurenhas e completa tolerância com as possíveis fraudes eleitorais no Irã, revela o torto retorno no Brasil da ideia-força lançada por Huntington há 40 anos, e de conteúdo igualmente conservador. Para a política externa brasileira interessaria agora o prolongamento dos governos anti-EUA ou antiocidentais, mesmo que a saída seja autoritária. Dentro desta nova base conceitual da política externa brasileira, que costumava centrar-se no direito e no respeito à soberania, as instituições representativas não são mais importantes do que as correlações de poder hemisféricas e globais. ”
(Marcelo Coutinho, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no artigo “Diplomacia à brasileira”, ontem, em o Globo)
(Marcelo Coutinho, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no artigo “Diplomacia à brasileira”, ontem, em o Globo)
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