DEU EM O GLOBO
No Maracanã, parentes e amigos lembram do homem que aliou o sonho dos poetas à objetividade dos jornalistas
O Maracanã abriu suas portas numa segunda-feira para que parentes e amigos se despedissem do jornalista Armando Nogueira. O velório ocorreu durante todo o dia na Tribuna de Honra do estádio, enquanto os telões exibiam foto e frases do cronista. Armando morreu por volta das 7h30m da manhã de ontem, em sua casa, no Rio, depois de luta contra o câncer. O enterro será hoje, ao meio-dia, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Seu único filho, Armando Augusto Nogueira, o Manduca, falou comovido sobre sua relação com o pai.
Éramos mais amigos do que pai e filho. Ele foi meu amigo, mestre, chefe, também foi chefiado por mim.
Como o grande comandante que sempre foi, hoje ele pediu autorização da torre para decolar, certamente para um lugar muito bonito disse Manduca, também jornalista, lembrando da paixão do pai pela aviação. Ele contou que, mesmo debilitado, Armando não deixou de acompanhar os programas esportivos.
Nos últimos meses, já não falava, o que, para um homem da palavra, é doloroso. Mas esteve sempre lúcido, assistia aos programas.
Antigos amigos e companheiros de jornalismo rememoravam ontem histórias do homem que unia o talento com as palavras, típico dos grandes poetas, à objetividade e senso de notícia imprescindíveis aos melhores jornalistas. A importância de Armando para o telejornalismo brasileiro, participando da criação do Jornal Nacional, foi relembrada.
Ele criou nova linguagem para a televisão, que era essencialmente radiofônica.
Trouxe o rigor da apuração precisa, e sobretudo da ética. É interessante, pois o Armando, escrevendo, não economizava palavras, tinha um estilo quase barroco.
E criou, no telejornalismo, a linguagem da informação superobjetiva, e com um texto compreensível para toda a população brasileira disse o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho.
Academia de Ideias Armando Nogueira será criada no Maracanã Na mesma linha, outro companheiro de Armando por décadas na Rede Globo resumiu: Para sonhar, toda pessoa tem que ter o pé no chão. Todo grande poeta conhece bem a realidade afirmou José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
O jornalista Sérgio Cabral reverenciou o texto de Armando, seu amigo há mais de 50 anos: Fica a herança do bom texto.
Armando era machadiano. Sempre tentei imitá-lo, mas nunca consegui.
Amigo mais recente, o ex-jogador Júnior citou uma lição: Não esqueço o que ouvi do Armando quando virei comentarista: é possível elogiar sem bajular e criticar sem ofender disse Júnior.
O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes decretaram luto oficial de três dias. As homenagens oficiais prosseguirão com a criação, no Maracanã, da Academia de Ideias Aramando Nogueira.
Teremos um acervo sobre o Armando, referente às suas paixões: futebol, literatura, aviação. Será um espaço para discussão, aberto ao público, junto à visitação turística explicou a secretária estadual de Esportes, Márcia Lins.
No Maracanã, parentes e amigos lembram do homem que aliou o sonho dos poetas à objetividade dos jornalistas
O Maracanã abriu suas portas numa segunda-feira para que parentes e amigos se despedissem do jornalista Armando Nogueira. O velório ocorreu durante todo o dia na Tribuna de Honra do estádio, enquanto os telões exibiam foto e frases do cronista. Armando morreu por volta das 7h30m da manhã de ontem, em sua casa, no Rio, depois de luta contra o câncer. O enterro será hoje, ao meio-dia, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Seu único filho, Armando Augusto Nogueira, o Manduca, falou comovido sobre sua relação com o pai.
Éramos mais amigos do que pai e filho. Ele foi meu amigo, mestre, chefe, também foi chefiado por mim.
Como o grande comandante que sempre foi, hoje ele pediu autorização da torre para decolar, certamente para um lugar muito bonito disse Manduca, também jornalista, lembrando da paixão do pai pela aviação. Ele contou que, mesmo debilitado, Armando não deixou de acompanhar os programas esportivos.
Nos últimos meses, já não falava, o que, para um homem da palavra, é doloroso. Mas esteve sempre lúcido, assistia aos programas.
Antigos amigos e companheiros de jornalismo rememoravam ontem histórias do homem que unia o talento com as palavras, típico dos grandes poetas, à objetividade e senso de notícia imprescindíveis aos melhores jornalistas. A importância de Armando para o telejornalismo brasileiro, participando da criação do Jornal Nacional, foi relembrada.
Ele criou nova linguagem para a televisão, que era essencialmente radiofônica.
Trouxe o rigor da apuração precisa, e sobretudo da ética. É interessante, pois o Armando, escrevendo, não economizava palavras, tinha um estilo quase barroco.
E criou, no telejornalismo, a linguagem da informação superobjetiva, e com um texto compreensível para toda a população brasileira disse o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho.
Academia de Ideias Armando Nogueira será criada no Maracanã Na mesma linha, outro companheiro de Armando por décadas na Rede Globo resumiu: Para sonhar, toda pessoa tem que ter o pé no chão. Todo grande poeta conhece bem a realidade afirmou José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni.
O jornalista Sérgio Cabral reverenciou o texto de Armando, seu amigo há mais de 50 anos: Fica a herança do bom texto.
Armando era machadiano. Sempre tentei imitá-lo, mas nunca consegui.
Amigo mais recente, o ex-jogador Júnior citou uma lição: Não esqueço o que ouvi do Armando quando virei comentarista: é possível elogiar sem bajular e criticar sem ofender disse Júnior.
O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes decretaram luto oficial de três dias. As homenagens oficiais prosseguirão com a criação, no Maracanã, da Academia de Ideias Aramando Nogueira.
Teremos um acervo sobre o Armando, referente às suas paixões: futebol, literatura, aviação. Será um espaço para discussão, aberto ao público, junto à visitação turística explicou a secretária estadual de Esportes, Márcia Lins.
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