DEU EM O GLOBO
Festa tucana terá Aécio e FH, além de partidos aliados, e evitará confronto com a pré-candidata do PT e Lula
Adriana Vasconcelos e Flávio Freire*
BRASÍLIA. Numa festa preparada para 4 mil pessoas e orçada em R$ 560 mil, José Serra (PSDB) retoma hoje, no lançamento de sua pré-campanha à Presidência, em Brasília, o discurso de que a política deve ser feita com honra e caráter, como fez quando se despediu do governo de São Paulo, semana passada.
Após amplo debate com a direção nacional do partido, que considera a bandeira da ética uma demanda nacional, Serra vai ressaltar a tese de que, mais importante que fazer uma comparação entre governos, o eleitor precisa é ficar de olho na ficha de cada candidato.
Serra não pretende entrar em confronto com a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, tampouco com o governo do presidente Lula, ao menos nessa reta inicial da campanha. O evento, que acontece num auditório e será transmitido simultaneamente para outros dois espaços na área hoteleira da cidade, foi pensado ao longo da semana para que não se dê margens para a infiltração da adversária na festa. Em princípio, referências nominais aos adversários devem ser evitadas.
A ideia é mostrar unidade em torno de Serra. Para isso, os tucanos não pouparam esforço.
Pelos salões foram espalhados telões de alta definição e TVs para registrar cada detalhe. Só de São Paulo chegarão mil pessoas.
O PSDB bancou passagem e hospedagem para 2,5 mil correligionários.
Mais de 300 pessoas formam o exército de funcionários que cuidarão da festa.
Os mesmos marqueteiros da campanha presidencial de 2002 participaram da organização.
Para evitar o molde padrão de eventos políticos, não haverá palanque nem mesa de autoridades.
Apenas um púlpito, e os principais convidados ficarão em cadeiras logo à frente.
FH vai abrir evento do PSDB
Em resposta à provocação petista, a direção do PSDB decidiu que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abrirá a série de discursos. O PT dizia que tucanos tentavam escondê-lo, sob pretexto de evitar comparações entre governos. Logo depois, falam os presidentes dos partidos: Sérgio Guerra (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS). Ontem à noite, buscava-se uma prefeita para falar em nome dos prefeitos do país.
Serra acompanhará os discursos nos bastidores. Só entra no local duas horas depois de começado o evento, minutos após o vídeo de seis minutos que contará sua trajetória política.
Com canhão de luz em sua direção, ele atravessará a plateia até o púlpito. Deve falar por, no mínimo, uma hora. A mulher do ex governador, Mônica, e os dois filhos, Verônica e Luciano, estarão na primeira fila.
A modelo-atriz-apresentadora Ana Hickmann fará as vezes de mestre de cerimônia. Mensagens recebidas pelo Twitter de Serra serão transmitidas ao vivo nos telões, cuidadosamente editadas.
Assim como, politicamente, a estratégia é não dar voz aos adversários, o partido quer também evitar constrangimentos no ninho tucano. A direção proibiu que correligionários façam manifestações para que Aécio Neves assuma a condição de vice. Faixas e cartazes pró-chapa puro sangue serão vetadas.
Nenhum tucano está autorizado a fazer pressão para que o Aécio seja vice diz o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Aécio dará demonstração de que a relação com Serra anda de vento em popa. Mandou para o auditório dois painéis de apoio ao tucano: Nas montanhas de Minas, o caminho é Serra.
* Enviado especial a Brasília
Festa tucana terá Aécio e FH, além de partidos aliados, e evitará confronto com a pré-candidata do PT e Lula
Adriana Vasconcelos e Flávio Freire*
BRASÍLIA. Numa festa preparada para 4 mil pessoas e orçada em R$ 560 mil, José Serra (PSDB) retoma hoje, no lançamento de sua pré-campanha à Presidência, em Brasília, o discurso de que a política deve ser feita com honra e caráter, como fez quando se despediu do governo de São Paulo, semana passada.
Após amplo debate com a direção nacional do partido, que considera a bandeira da ética uma demanda nacional, Serra vai ressaltar a tese de que, mais importante que fazer uma comparação entre governos, o eleitor precisa é ficar de olho na ficha de cada candidato.
Serra não pretende entrar em confronto com a pré-candidata petista, Dilma Rousseff, tampouco com o governo do presidente Lula, ao menos nessa reta inicial da campanha. O evento, que acontece num auditório e será transmitido simultaneamente para outros dois espaços na área hoteleira da cidade, foi pensado ao longo da semana para que não se dê margens para a infiltração da adversária na festa. Em princípio, referências nominais aos adversários devem ser evitadas.
A ideia é mostrar unidade em torno de Serra. Para isso, os tucanos não pouparam esforço.
Pelos salões foram espalhados telões de alta definição e TVs para registrar cada detalhe. Só de São Paulo chegarão mil pessoas.
O PSDB bancou passagem e hospedagem para 2,5 mil correligionários.
Mais de 300 pessoas formam o exército de funcionários que cuidarão da festa.
Os mesmos marqueteiros da campanha presidencial de 2002 participaram da organização.
Para evitar o molde padrão de eventos políticos, não haverá palanque nem mesa de autoridades.
Apenas um púlpito, e os principais convidados ficarão em cadeiras logo à frente.
FH vai abrir evento do PSDB
Em resposta à provocação petista, a direção do PSDB decidiu que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abrirá a série de discursos. O PT dizia que tucanos tentavam escondê-lo, sob pretexto de evitar comparações entre governos. Logo depois, falam os presidentes dos partidos: Sérgio Guerra (PSDB), Rodrigo Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS). Ontem à noite, buscava-se uma prefeita para falar em nome dos prefeitos do país.
Serra acompanhará os discursos nos bastidores. Só entra no local duas horas depois de começado o evento, minutos após o vídeo de seis minutos que contará sua trajetória política.
Com canhão de luz em sua direção, ele atravessará a plateia até o púlpito. Deve falar por, no mínimo, uma hora. A mulher do ex governador, Mônica, e os dois filhos, Verônica e Luciano, estarão na primeira fila.
A modelo-atriz-apresentadora Ana Hickmann fará as vezes de mestre de cerimônia. Mensagens recebidas pelo Twitter de Serra serão transmitidas ao vivo nos telões, cuidadosamente editadas.
Assim como, politicamente, a estratégia é não dar voz aos adversários, o partido quer também evitar constrangimentos no ninho tucano. A direção proibiu que correligionários façam manifestações para que Aécio Neves assuma a condição de vice. Faixas e cartazes pró-chapa puro sangue serão vetadas.
Nenhum tucano está autorizado a fazer pressão para que o Aécio seja vice diz o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).
Aécio dará demonstração de que a relação com Serra anda de vento em popa. Mandou para o auditório dois painéis de apoio ao tucano: Nas montanhas de Minas, o caminho é Serra.
* Enviado especial a Brasília
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