DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O presidente do PT pegou um avião para "enquadrar" o partido no Maranhão, exigindo que abandone a candidatura de Flávio Dino, juiz de carreira e deputado do aliado PC do B, e apoie... Roseana Sarney, cujo sobrenome tem surgido nas confusões do Congresso e em operações da Polícia Federal.
Tudo pela aliança nacional PT-PMDB pró-Dilma Rousseff. Já o presidente do PSDB acaba de jantar com o deputado Paulo Maluf para atrair o apoio e o minuto e meio de TV do PP para José Serra. A contrapartida seria dar a vice para Francisco Dornelles, que é sobrinho de Tancredo e primo de Aécio Neves e que, aliás, almoça com Dilma nesta semana.
Uma peculiaridade da campanha é que Serra, Dilma e Marina Silva vêm da esquerda. Mas serristas e dilmistas se estapeiam pelo apoio de siglas como PP, PTB, PRB e PSC (de Joaquim Roriz no DF), e uma certeza paira no ar: alguém vai ter que ocupar o espaço "de direita".
Uma coisa é a armação do tempo na TV e dos palanques, quando os candidatos tapam o nariz e correm atrás de partidos e caciques. Outra é ajustar o discurso e os compromissos para agradar o eleitor -inclusive de setores nada desprezíveis que rejeitam as teses e práticas da esquerda e têm, além de recurso$, influência política e peso eleitoral. Como o agronegócio no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste.
Ou seja, agora é hora de montar o time, não importa se com gente de direita ou de esquerda, com ficha limpa ou ficha suja. Mas, depois, o foco sai dos partidos e dos políticos e vai para o voto do eleitor.
Marina manterá coerência, Dilma fará concessões e Serra terá que se moldar como "candidato da direita". Não é questão de convicção ou de opção.
Com poucos recursos para competir com Dilma entre os pobres e os nordestinos que endeusam Lula, Serra terá de tirar votos dela entre produtores rurais e na classe média urbana, conservadora e refratária ao PT. Com pose e discurso de esquerda é que não vai ser.
BRASÍLIA - O presidente do PT pegou um avião para "enquadrar" o partido no Maranhão, exigindo que abandone a candidatura de Flávio Dino, juiz de carreira e deputado do aliado PC do B, e apoie... Roseana Sarney, cujo sobrenome tem surgido nas confusões do Congresso e em operações da Polícia Federal.
Tudo pela aliança nacional PT-PMDB pró-Dilma Rousseff. Já o presidente do PSDB acaba de jantar com o deputado Paulo Maluf para atrair o apoio e o minuto e meio de TV do PP para José Serra. A contrapartida seria dar a vice para Francisco Dornelles, que é sobrinho de Tancredo e primo de Aécio Neves e que, aliás, almoça com Dilma nesta semana.
Uma peculiaridade da campanha é que Serra, Dilma e Marina Silva vêm da esquerda. Mas serristas e dilmistas se estapeiam pelo apoio de siglas como PP, PTB, PRB e PSC (de Joaquim Roriz no DF), e uma certeza paira no ar: alguém vai ter que ocupar o espaço "de direita".
Uma coisa é a armação do tempo na TV e dos palanques, quando os candidatos tapam o nariz e correm atrás de partidos e caciques. Outra é ajustar o discurso e os compromissos para agradar o eleitor -inclusive de setores nada desprezíveis que rejeitam as teses e práticas da esquerda e têm, além de recurso$, influência política e peso eleitoral. Como o agronegócio no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste.
Ou seja, agora é hora de montar o time, não importa se com gente de direita ou de esquerda, com ficha limpa ou ficha suja. Mas, depois, o foco sai dos partidos e dos políticos e vai para o voto do eleitor.
Marina manterá coerência, Dilma fará concessões e Serra terá que se moldar como "candidato da direita". Não é questão de convicção ou de opção.
Com poucos recursos para competir com Dilma entre os pobres e os nordestinos que endeusam Lula, Serra terá de tirar votos dela entre produtores rurais e na classe média urbana, conservadora e refratária ao PT. Com pose e discurso de esquerda é que não vai ser.
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