domingo, 2 de maio de 2010

Serra: sem Ciro, nordeste é o alvo

DEU EM O GLOBO

Tucanos iniciam ofensiva para tentar neutralizar avanço de Dilma na região
Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti

BRASÍLIA. Com a saída do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) da disputa presidencial, o PSDB deflagrou uma ofensiva para tentar contornar problemas de palanques de seu candidato à Presidência, José Serra, no Nordeste. Os tucanos pretendem tirar proveito das sequelas provocadas pela pressão exercida pelo presidente Lula e o PT contra Ciro, na expectativa de reduzir a vantagem que a candidata do PT, Dilma Rousseff, mantém hoje na região. Continua sem solução ainda no campo da oposição um dos principais palanques do Nordeste, o de Pernambuco, onde Jarbas Vasconcelos (PMDB), o candidato pretendido por Serra, adiou por mais uma semana sua definição.

- A saída de Ciro da disputa ajudará nos acertos regionais, principalmente no Nordeste - aposta o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE).

A prioridade da cúpula tucana passou a ser viabilizar candidaturas ao Senado em estados onde ainda não tem candidato ao governo. Serra precisa resolver palanques em ao menos quatro estados, onde Dilma já tem alianças consolidadas - Ceará, Pernambuco, Paraíba e Maranhão.

A principal aposta dos tucanos é que a saída de Ciro da sucessão presidencial possa aproximar ainda mais seu irmão e governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ainda que numa aliança informal. Tasso pretende disputar um novo mandato para o Senado, com o apoio de Cid.

- A minha base eleitoral é quase a mesma de Ciro no Ceará. Minha expectativa é que uma boa parte dos votos que Ciro teriam no estado migrem para Serra - afirmou Tasso.

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