DEU EM O GLOBO
Durante o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Rio, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) prometeu, como uma das principais medidas na área de saúde, oferecer check-up para a população carente na rede pública. Ao tentar mostrar unidade na coligação com PSDB, DEM e PPS, ele atacou o PMDB e denunciou a cumplicidade de políticos “velhacos” com empresas de ônibus.
Gabeira promete check-up para carentes
Pré-candidato ao governo do Rio ataca políticos cúmplices de empresas de ônibus, aos quais chamou de "velhacos"
Rafael Galdo
Com promessas que traziam embutidas críticas ao Legislativo fluminense e ao governador Sérgio Cabral (PMDB), o deputado federal Fernando Gabeira (PV) foi lançado oficialmente ontem como pré-candidato a governador do Rio pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS. Na lista de propostas, ele incluiu melhorias no saneamento básico, checkup médico para a população carente e expansão do metrô para São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana. Gabeira afirmou ainda que será preciso romper a cumplicidade de vereadores e deputados com empresas de ônibus: — Vamos fazer o transporte pensando em função do homem e da mulher que dependem dele.
Não é possível que um punhado de velhacos que se corrompem mensalmente consiga impedir nosso progresso — disse, após afirmar que o objetivo de sua candidatura é quebrar o domínio do PMDB e seus aliados no Rio, o que, segundo ele, “empobrece e, às vezes, avilta a política” no estado.
Pré-candidato antecipa críticas à sua plataforma Diante de cerca de 700 militantes, na sede do América Futebol Clube, na Tijuca, Gabeira classificou o sistema de transportes como caro e precário: — Nosso programa de transportes não vai ser só de números, só de ideias. Vai ser um programa com vida, com suor — afirmou, garantindo que dará atenção ao interior do estado.
Em relação à área da Saúde, o verde se antecipou a possíveis críticas: — Eu sei que vão rir de mim.
Imaginem check-up para o povo? Mas já estou acostumado a (os adversários) rirem de mim.
Quando falei (na campanha de 2008 para a prefeitura do Rio) no avião não tripulado para fazer a supervisão de pontos perigosos, riram de mim — lembrou.
— Quando um helicóptero foi derrubado (num confronto entre traficantes e PMs em 2009 no Morro dos Macacos, em Vila Isabel) resolveram aceitar essa ideia. O check-up para o povo é uma das propostas mais importantes para nós.
Além das promessas, a tentativa de mostrar unidade numa coligação que vem administrando uma série de divergências deu o tom do evento.
Fernando Gabeira fez uma comparação inusitada: — Nossa coligação começou um pouco desajeitada.
Lembra um pouco um símbolo do Pantanal Matogrossense, o tuiuiú. Ele, quando se move, o observador pensa que, de desajeitado, não vai conseguir alçar voo. Mas quando alça voo, é mais veloz que os outros e atinge altitude que outros pássaros não atingem.
Como era esperado, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) não foram ao evento.
Segundo a assessoria de Marina, devido a uma combinação com Gabeira.
Assessores de Serra disseram que, embora ele tivesse sido convidado, tinha outros compromissos.
Ao enumerar suas realizações no Congresso, Gabeira disse ter conduzido as ações para garantir a distribuição de coquetéis a portadores do HIV e citou o então ministro da Saúde José Serra. Mas, ao longo do discurso, não citou Marina. Mais tarde, ele tentou justificar: — A Marina estava presente em todo o meu discurso, porque era ecológico. Mencionei (o Serra) com referência ao meu trabalho com Aids. Ela é minha candidata.
Se Gabeira não falou em Marina, na tentativa de mostrar unidade, até os tucanos fizeram menção a ela, assim como a Serra.
Vice da chapa,o ex -deputado Márcio Fortes frisou que a coligação “fala a mesma língua”.
José Luiz Penna, presidente nacional do PV, afirmou que o partido crê em “poder compartilhado”. Os democratas marcaram posição sobre outra polêmica: as candidaturas ao Senado. Pivô da primeira divergência da chapa, o pré-candidato ao Senado Cesar Maia (DEM), que sofria resistência de setores do PV e do PSDB, afirmou que sua relação com Gabeira é fraterna há mais de 30 anos. A deputada federal Solange Amaral (DEM), elogiou a chapa, com Cesar e Marcelo Cerqueira (PPS) como pré-candidatos ao Senado, afastando a possibilidades de mudança, apesar de o presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, vir insistindo no lançamento de Aspásia Camargo (PV) ao Senado.
Nenhum dos dois foi ao evento de ontem, que contou com a participação do prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, presidente regional do PSDB.
Durante o lançamento de sua pré-candidatura ao governo do Rio, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) prometeu, como uma das principais medidas na área de saúde, oferecer check-up para a população carente na rede pública. Ao tentar mostrar unidade na coligação com PSDB, DEM e PPS, ele atacou o PMDB e denunciou a cumplicidade de políticos “velhacos” com empresas de ônibus.
Gabeira promete check-up para carentes
Pré-candidato ao governo do Rio ataca políticos cúmplices de empresas de ônibus, aos quais chamou de "velhacos"
Rafael Galdo
Com promessas que traziam embutidas críticas ao Legislativo fluminense e ao governador Sérgio Cabral (PMDB), o deputado federal Fernando Gabeira (PV) foi lançado oficialmente ontem como pré-candidato a governador do Rio pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS. Na lista de propostas, ele incluiu melhorias no saneamento básico, checkup médico para a população carente e expansão do metrô para São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana. Gabeira afirmou ainda que será preciso romper a cumplicidade de vereadores e deputados com empresas de ônibus: — Vamos fazer o transporte pensando em função do homem e da mulher que dependem dele.
Não é possível que um punhado de velhacos que se corrompem mensalmente consiga impedir nosso progresso — disse, após afirmar que o objetivo de sua candidatura é quebrar o domínio do PMDB e seus aliados no Rio, o que, segundo ele, “empobrece e, às vezes, avilta a política” no estado.
Pré-candidato antecipa críticas à sua plataforma Diante de cerca de 700 militantes, na sede do América Futebol Clube, na Tijuca, Gabeira classificou o sistema de transportes como caro e precário: — Nosso programa de transportes não vai ser só de números, só de ideias. Vai ser um programa com vida, com suor — afirmou, garantindo que dará atenção ao interior do estado.
Em relação à área da Saúde, o verde se antecipou a possíveis críticas: — Eu sei que vão rir de mim.
Imaginem check-up para o povo? Mas já estou acostumado a (os adversários) rirem de mim.
Quando falei (na campanha de 2008 para a prefeitura do Rio) no avião não tripulado para fazer a supervisão de pontos perigosos, riram de mim — lembrou.
— Quando um helicóptero foi derrubado (num confronto entre traficantes e PMs em 2009 no Morro dos Macacos, em Vila Isabel) resolveram aceitar essa ideia. O check-up para o povo é uma das propostas mais importantes para nós.
Além das promessas, a tentativa de mostrar unidade numa coligação que vem administrando uma série de divergências deu o tom do evento.
Fernando Gabeira fez uma comparação inusitada: — Nossa coligação começou um pouco desajeitada.
Lembra um pouco um símbolo do Pantanal Matogrossense, o tuiuiú. Ele, quando se move, o observador pensa que, de desajeitado, não vai conseguir alçar voo. Mas quando alça voo, é mais veloz que os outros e atinge altitude que outros pássaros não atingem.
Como era esperado, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) não foram ao evento.
Segundo a assessoria de Marina, devido a uma combinação com Gabeira.
Assessores de Serra disseram que, embora ele tivesse sido convidado, tinha outros compromissos.
Ao enumerar suas realizações no Congresso, Gabeira disse ter conduzido as ações para garantir a distribuição de coquetéis a portadores do HIV e citou o então ministro da Saúde José Serra. Mas, ao longo do discurso, não citou Marina. Mais tarde, ele tentou justificar: — A Marina estava presente em todo o meu discurso, porque era ecológico. Mencionei (o Serra) com referência ao meu trabalho com Aids. Ela é minha candidata.
Se Gabeira não falou em Marina, na tentativa de mostrar unidade, até os tucanos fizeram menção a ela, assim como a Serra.
Vice da chapa,o ex -deputado Márcio Fortes frisou que a coligação “fala a mesma língua”.
José Luiz Penna, presidente nacional do PV, afirmou que o partido crê em “poder compartilhado”. Os democratas marcaram posição sobre outra polêmica: as candidaturas ao Senado. Pivô da primeira divergência da chapa, o pré-candidato ao Senado Cesar Maia (DEM), que sofria resistência de setores do PV e do PSDB, afirmou que sua relação com Gabeira é fraterna há mais de 30 anos. A deputada federal Solange Amaral (DEM), elogiou a chapa, com Cesar e Marcelo Cerqueira (PPS) como pré-candidatos ao Senado, afastando a possibilidades de mudança, apesar de o presidente regional do PV, Alfredo Sirkis, vir insistindo no lançamento de Aspásia Camargo (PV) ao Senado.
Nenhum dos dois foi ao evento de ontem, que contou com a participação do prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, presidente regional do PSDB.
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