Reuters/Brasil Online
Sinara Sandri
PORTO ALEGRE (Reuters) - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, selou, em viagem a Porto Alegre, o apoio dos deputados estaduais do PMDB gaúcho à candidatura tucana, informou um deputado da legenda. Serra também atuou em acordo com o PP para a eleição no Rio Grande do Sul.
O ex-governador negou que o encontro com o PMDB desta quinta-feira faça parte de uma estratégia de buscar a base peemedebista descontente com a tendência do partido de apoiar Dilma Rousseff (PT).
"É natural que, em campanha política, procure ficar próximo de quem gosta e de quem tem afinidade", disse Serra a jornalistas, após o encontro.
Não houve um pronunciamento oficial sobre o resultado da reunião e o candidato tucano se limitou a dizer que, apesar de seu propósito não ter sido de "angariar apoios", teria ouvido "manifestações de simpatia" à sua candidatura.
Segundo um parlamentar que participou do almoço, dos nove deputados estaduais que formam a bancada do partido, sete estavam na reunião e seis teriam declarado publicamente apoio a Serra.
"Quando o PMDB gaúcho abre o voto, significa que vai para a campanha", disse o parlamentar à Reuters, sob o compromisso do anonimato.
Apesar de um quadro partidário indefinido e algumas lideranças locais simpáticas à aliança com o PT, o alinhamento do PMDB a Serra não foi visto com surpresa. O propósito do encontro teria sido um gesto simbólico e uma tentativa de fazer um contraponto ao anúncio do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), como vice de Dilma Rousseff.
"O Serra vai fazer disto um contraponto ao Temer. Vai mostrar para o Brasil que os históricos do PMDB, os autênticos, estão com ele", disse o mesmo parlamentar.
O PMDB paulista e o pernambucano também devem aderir a Serra.
Apesar do alinhamento com Serra, os peemedebistas gaúchos ainda não desistiram de apresentar a proposta de candidatura própria a presidente na convenção do partido, mas a iniciativa estaria "perdendo força".
Para o parlamentar, a decisão da bancada terá forte influência no diretório regional e a tendência é o isolamento das lideranças locais simpáticas a Dilma e um efeito em cascata com a adesão de prefeitos e vereadores à candidatura tucana.
PSDB E PP JUNTOS
A visita de Serra em Porto Alegre incluiu uma reunião com a direção estadual do PP.
Os tucanos gaúchos formalizaram uma proposta para a formação da coligação local que pretende reeleger a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Pela proposta, os progressistas ficam com a indicação do candidato a vice-governador e de uma vaga no Senado. A aliança estava sendo dificultada pela resistência do PSDB em firmar uma coligação nas candidaturas proporcionais.
O impasse foi resolvido com o acordo de que só haverá coligação na eleição para deputado federal. Para o deputado Jeronimo Goergen (PP), a coligação deve ser anunciada na segunda-feira.
"A visita de Serra mostrou boa vontade. O PSDB não tinha como aceitar a coligação na estadual. Era uma questão de sobrevivência", disse o deputado.
Sinara Sandri
PORTO ALEGRE (Reuters) - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, selou, em viagem a Porto Alegre, o apoio dos deputados estaduais do PMDB gaúcho à candidatura tucana, informou um deputado da legenda. Serra também atuou em acordo com o PP para a eleição no Rio Grande do Sul.
O ex-governador negou que o encontro com o PMDB desta quinta-feira faça parte de uma estratégia de buscar a base peemedebista descontente com a tendência do partido de apoiar Dilma Rousseff (PT).
"É natural que, em campanha política, procure ficar próximo de quem gosta e de quem tem afinidade", disse Serra a jornalistas, após o encontro.
Não houve um pronunciamento oficial sobre o resultado da reunião e o candidato tucano se limitou a dizer que, apesar de seu propósito não ter sido de "angariar apoios", teria ouvido "manifestações de simpatia" à sua candidatura.
Segundo um parlamentar que participou do almoço, dos nove deputados estaduais que formam a bancada do partido, sete estavam na reunião e seis teriam declarado publicamente apoio a Serra.
"Quando o PMDB gaúcho abre o voto, significa que vai para a campanha", disse o parlamentar à Reuters, sob o compromisso do anonimato.
Apesar de um quadro partidário indefinido e algumas lideranças locais simpáticas à aliança com o PT, o alinhamento do PMDB a Serra não foi visto com surpresa. O propósito do encontro teria sido um gesto simbólico e uma tentativa de fazer um contraponto ao anúncio do presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), como vice de Dilma Rousseff.
"O Serra vai fazer disto um contraponto ao Temer. Vai mostrar para o Brasil que os históricos do PMDB, os autênticos, estão com ele", disse o mesmo parlamentar.
O PMDB paulista e o pernambucano também devem aderir a Serra.
Apesar do alinhamento com Serra, os peemedebistas gaúchos ainda não desistiram de apresentar a proposta de candidatura própria a presidente na convenção do partido, mas a iniciativa estaria "perdendo força".
Para o parlamentar, a decisão da bancada terá forte influência no diretório regional e a tendência é o isolamento das lideranças locais simpáticas a Dilma e um efeito em cascata com a adesão de prefeitos e vereadores à candidatura tucana.
PSDB E PP JUNTOS
A visita de Serra em Porto Alegre incluiu uma reunião com a direção estadual do PP.
Os tucanos gaúchos formalizaram uma proposta para a formação da coligação local que pretende reeleger a governadora Yeda Crusius (PSDB).
Pela proposta, os progressistas ficam com a indicação do candidato a vice-governador e de uma vaga no Senado. A aliança estava sendo dificultada pela resistência do PSDB em firmar uma coligação nas candidaturas proporcionais.
O impasse foi resolvido com o acordo de que só haverá coligação na eleição para deputado federal. Para o deputado Jeronimo Goergen (PP), a coligação deve ser anunciada na segunda-feira.
"A visita de Serra mostrou boa vontade. O PSDB não tinha como aceitar a coligação na estadual. Era uma questão de sobrevivência", disse o deputado.
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