DEU EM O GLOBO
SÃO PAULO. A crise na escolha do vice do tucano José Serra não repercutiu na pesquisa Datafolha, avaliaram especialistas ouvidos ontem pelo GLOBO. Para o cientista Cláudio Couto, da Fundação Getulio Vargas, o PSDB gastou muita "munição" com algo que terá pouca repercussão eleitoral. Os tucanos anunciaram o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), voltaram atrás, para conter a revolta do DEM, e anunciaram o deputado Indio da Costa (DEM-RJ) como vice.
- A percepção pública da crise do vice é nula. Para os eleitores, é uma grande bobagem essa discussão.
As cicatrizes vão ficar internamente, onde o estrago será sentido ainda por bastante tempo.
Para a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da UFSCar, as pesquisas só deverão apontar os efeitos dessa crise quando começar a propaganda eleitoral.
- Quando o eleitor tomar conhecimento do que aconteceu, da confusão que foi para arranjar o vice, aí, sim, a pesquisa vai mostrar. O eleitor vai perguntar: por que não foi o Aécio (Neves), por exemplo?
Na opinião do cientista político David Fleischer, da UnB, o contraste de resultados entre as pesquisas do Ibope (que mostra Dilma com 40% e Serra, com 35%) e Datafolha (Serra com 39% e Dilma, com 38%) pode ser explicada pela propaganda política dos partidos de oposição nos últimos dez dias - justamente a diferença do período entre a realização das duas pesquisas.
- Não falo do horário político, mas das inserções comerciais. Teve DEM, PSDB, PPS e PTD, com seus inserts, muitos, na TV. Isso é muito forte. Por outro lado, o presidente Lula não fez campanha com Dilma; ele ficou no Palácio, ela viajou- lembra Fleischer: - Não sei se tudo isso pode fazer a diferença de quase seis pontos, mas temos de lembrar que são institutos diferentes, com metodologias, questionários diferentes. (Tatiana Farah)
SÃO PAULO. A crise na escolha do vice do tucano José Serra não repercutiu na pesquisa Datafolha, avaliaram especialistas ouvidos ontem pelo GLOBO. Para o cientista Cláudio Couto, da Fundação Getulio Vargas, o PSDB gastou muita "munição" com algo que terá pouca repercussão eleitoral. Os tucanos anunciaram o nome do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), voltaram atrás, para conter a revolta do DEM, e anunciaram o deputado Indio da Costa (DEM-RJ) como vice.
- A percepção pública da crise do vice é nula. Para os eleitores, é uma grande bobagem essa discussão.
As cicatrizes vão ficar internamente, onde o estrago será sentido ainda por bastante tempo.
Para a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da UFSCar, as pesquisas só deverão apontar os efeitos dessa crise quando começar a propaganda eleitoral.
- Quando o eleitor tomar conhecimento do que aconteceu, da confusão que foi para arranjar o vice, aí, sim, a pesquisa vai mostrar. O eleitor vai perguntar: por que não foi o Aécio (Neves), por exemplo?
Na opinião do cientista político David Fleischer, da UnB, o contraste de resultados entre as pesquisas do Ibope (que mostra Dilma com 40% e Serra, com 35%) e Datafolha (Serra com 39% e Dilma, com 38%) pode ser explicada pela propaganda política dos partidos de oposição nos últimos dez dias - justamente a diferença do período entre a realização das duas pesquisas.
- Não falo do horário político, mas das inserções comerciais. Teve DEM, PSDB, PPS e PTD, com seus inserts, muitos, na TV. Isso é muito forte. Por outro lado, o presidente Lula não fez campanha com Dilma; ele ficou no Palácio, ela viajou- lembra Fleischer: - Não sei se tudo isso pode fazer a diferença de quase seis pontos, mas temos de lembrar que são institutos diferentes, com metodologias, questionários diferentes. (Tatiana Farah)
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