DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Crítica a inchaço da máquina será reforçada hoje durante anúncio de novo programa de governo de Marina Silva
Candidata defende asilo ao ex-militante italiano Cesare Battisti, que teve a extradição aprovada pelo STF em novembro
Bernardo Mello Franco
DE SÃO PAULO - O suposto inchaço da máquina federal na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o próximo alvo da candidatura de Marina Silva (PV) ao Palácio do Planalto.
Ela deve reforçar as críticas à ineficiência do Estado e defender uma redução drástica no número de cargos comissionados e no gasto com custeio da máquina federal.
O tema será explorado como estratégia para diferenciá-la de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que têm prometido criar novos ministérios e órgãos federais.
"Não vamos criar órgão algum, até porque achamos que este governo inchou muito a máquina", disse à Folha o coordenador do programa de governo da senadora, Paulo Sandroni.
Na contramão dos adversários, a equipe de Marina estuda um pacote para cortar despesas e até mesmo extinguir órgãos públicos. O tema será abordado hoje na apresentação de novas diretrizes do plano do PV, mas ainda sem metas concretas.
Segundo Sandroni, é preciso "fechar os ralos por onde escorre a riqueza". "O Estado está inchado por empreguismo, excesso de gente e desperdício. Isso é o que aumenta a dívida pública."
Até aqui, Marina vem poupando o governo de críticas pelo suposto aumento da máquina. Ela costuma repetir que não acredita em "Estado máximo ou mínimo, mas em Estado necessário". O vice Guilherme Leal tem sido mais incisivo nas críticas ao "desperdício".
CASO BATTISTI
Em sabatina no portal Terra, ontem, a candidata defendeu a permanência no Brasil do italiano Cesare Battisti, condenado em seu país por quatro homicídios na década de 1970.
"O Brasil já deu abrigo até a ditadores. Por que com ele seria diferente? O Brasil está seguindo seus princípios, de sempre acolher quem pede ajuda", afirmou ela.
Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou a extradição do italiano, mas passou ao presidente Lula a decisão de entregá-lo ou não. Battisti segue preso em Brasília.
Crítica a inchaço da máquina será reforçada hoje durante anúncio de novo programa de governo de Marina Silva
Candidata defende asilo ao ex-militante italiano Cesare Battisti, que teve a extradição aprovada pelo STF em novembro
Bernardo Mello Franco
DE SÃO PAULO - O suposto inchaço da máquina federal na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o próximo alvo da candidatura de Marina Silva (PV) ao Palácio do Planalto.
Ela deve reforçar as críticas à ineficiência do Estado e defender uma redução drástica no número de cargos comissionados e no gasto com custeio da máquina federal.
O tema será explorado como estratégia para diferenciá-la de Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), que têm prometido criar novos ministérios e órgãos federais.
"Não vamos criar órgão algum, até porque achamos que este governo inchou muito a máquina", disse à Folha o coordenador do programa de governo da senadora, Paulo Sandroni.
Na contramão dos adversários, a equipe de Marina estuda um pacote para cortar despesas e até mesmo extinguir órgãos públicos. O tema será abordado hoje na apresentação de novas diretrizes do plano do PV, mas ainda sem metas concretas.
Segundo Sandroni, é preciso "fechar os ralos por onde escorre a riqueza". "O Estado está inchado por empreguismo, excesso de gente e desperdício. Isso é o que aumenta a dívida pública."
Até aqui, Marina vem poupando o governo de críticas pelo suposto aumento da máquina. Ela costuma repetir que não acredita em "Estado máximo ou mínimo, mas em Estado necessário". O vice Guilherme Leal tem sido mais incisivo nas críticas ao "desperdício".
CASO BATTISTI
Em sabatina no portal Terra, ontem, a candidata defendeu a permanência no Brasil do italiano Cesare Battisti, condenado em seu país por quatro homicídios na década de 1970.
"O Brasil já deu abrigo até a ditadores. Por que com ele seria diferente? O Brasil está seguindo seus princípios, de sempre acolher quem pede ajuda", afirmou ela.
Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou a extradição do italiano, mas passou ao presidente Lula a decisão de entregá-lo ou não. Battisti segue preso em Brasília.
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