DEU EM O GLOBO
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, admitiu que "rubricou sem ler" a primeira versão do programa de governo enviado ao TSE. O texto continha propostas radicais e acabou trocado. Para ela, rubricar não é assinar.
Não assinei, rubriquei"
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, admitiu que "rubricou sem ler" a primeira versão do programa de governo enviado ao TSE. O texto continha propostas radicais e acabou trocado. Para ela, rubricar não é assinar.
Não assinei, rubriquei"
Dilma também responsabiliza o PT pelo envio de programa radical ao TSE
Dilma e Cabral se encontram: ela voltou a criticar programa educacional de Serra e defendeu implantação do cartão do SUS
Cassio Bruno
Em sua primeira visita ao Rio após o início oficial da campanha, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, responsabilizou ontem o PT pelo programa radical de governo entregue à Justiça Eleitoral e depois trocado por uma versão mais branda e afirmou, em entrevista à Rádio Tupi, que não leu o documento. Desta vez, Dilma alegou que apenas rubricou as páginas, mas não assinou, atribuindo o envio do texto ao TSE a "um erro" do PT. A nova versão enviada é mais branda, mas manteve, por exemplo, a defesa do controle social da mídia.
- Até o dia do registro, quem coordena a pré-campanha é o partido. Quem produz o documento não é a assessoria da candidata. Então, pegaram, fizeram toda a documentação, me enviaram e falaram: "está tudo pronto conforme o acertado, e é para rubricar todas as páginas". Não assinei documento nenhum, porque não tem documento a ser assinado. Eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa. Não achei que iam colocar um outro programa. Foi um erro - justificou.
Apesar de não citar o tucano José Serra, afirmou que "o adversário" erra sistematicamente:
- Os meus adversários, e principalmente o adversário, eles sistematicamente erram. Não vou dar exemplo porque não é minha responsabilidade falar sobre ele. Quem acha que não erra é um presunçoso.
Dilma também voltou a criticar o programa educacional do governo de São Paulo, criado por Serra, que põe dois professores em sala de aula:
- Não são dois professores. É um professor, que ganha R$1.800, e um estagiário, com R$500. Não concordo com o projeto do meu adversário que diz que, em vez de melhorar a educação, vai colocar dois professores. Não se melhora a qualidade da educação com estagiários. O que se tem que fazer é pagar bem aos professores.
Na área da saúde, ela prometeu criar o Cartão SUS, proposta do governo Fernando Henrique que também não saiu do papel no governo Lula. O cartão, que armazenaria dados sobre a saúde dos pacientes, melhorando o atendimento e o controle das verbas, foi lembrado no último domingo na coluna do jornalista Elio Gaspari no GLOBO.
- Acho imprescindível que a gente tenha um cartão do Sistema Único de Saúde. Com o cartão você vai saber o que a pessoa fez, o histórico dela. Isso é ótimo para a pessoa porque você terá registrado os últimos exames, onde foi atendida. É fundamental para a gestão - disse Dilma, que ontem também teve se reuniu com o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição e seu aliado.
- Vir ao Rio e não vê-lo é como ir a Roma e não ver o Papa - disse ela, na saída.
Dilma e Cabral se encontram: ela voltou a criticar programa educacional de Serra e defendeu implantação do cartão do SUS
Cassio Bruno
Em sua primeira visita ao Rio após o início oficial da campanha, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, responsabilizou ontem o PT pelo programa radical de governo entregue à Justiça Eleitoral e depois trocado por uma versão mais branda e afirmou, em entrevista à Rádio Tupi, que não leu o documento. Desta vez, Dilma alegou que apenas rubricou as páginas, mas não assinou, atribuindo o envio do texto ao TSE a "um erro" do PT. A nova versão enviada é mais branda, mas manteve, por exemplo, a defesa do controle social da mídia.
- Até o dia do registro, quem coordena a pré-campanha é o partido. Quem produz o documento não é a assessoria da candidata. Então, pegaram, fizeram toda a documentação, me enviaram e falaram: "está tudo pronto conforme o acertado, e é para rubricar todas as páginas". Não assinei documento nenhum, porque não tem documento a ser assinado. Eu rubriquei páginas. Não olhei porque achei que era aquele programa. Não achei que iam colocar um outro programa. Foi um erro - justificou.
Apesar de não citar o tucano José Serra, afirmou que "o adversário" erra sistematicamente:
- Os meus adversários, e principalmente o adversário, eles sistematicamente erram. Não vou dar exemplo porque não é minha responsabilidade falar sobre ele. Quem acha que não erra é um presunçoso.
Dilma também voltou a criticar o programa educacional do governo de São Paulo, criado por Serra, que põe dois professores em sala de aula:
- Não são dois professores. É um professor, que ganha R$1.800, e um estagiário, com R$500. Não concordo com o projeto do meu adversário que diz que, em vez de melhorar a educação, vai colocar dois professores. Não se melhora a qualidade da educação com estagiários. O que se tem que fazer é pagar bem aos professores.
Na área da saúde, ela prometeu criar o Cartão SUS, proposta do governo Fernando Henrique que também não saiu do papel no governo Lula. O cartão, que armazenaria dados sobre a saúde dos pacientes, melhorando o atendimento e o controle das verbas, foi lembrado no último domingo na coluna do jornalista Elio Gaspari no GLOBO.
- Acho imprescindível que a gente tenha um cartão do Sistema Único de Saúde. Com o cartão você vai saber o que a pessoa fez, o histórico dela. Isso é ótimo para a pessoa porque você terá registrado os últimos exames, onde foi atendida. É fundamental para a gestão - disse Dilma, que ontem também teve se reuniu com o governador Sérgio Cabral (PMDB), candidato à reeleição e seu aliado.
- Vir ao Rio e não vê-lo é como ir a Roma e não ver o Papa - disse ela, na saída.
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