DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
No Espírito Santo, tucano responsabiliza governo federal por problemas enfrentados pelo Estado nas áreas de infraestrutura, segurança pública e saúde
Alfredo Junqueira
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, encerrou a primeira semana de campanha abrindo fogo contra o governo federal e sua principal concorrente na disputa, Dilma Rousseff (PT). Em compromissos no Espírito Santo, o tucano atribuiu à União os problemas enfrentados pelo Estado nos setores de infraestrutura, segurança pública e saúde.
Serra disse que, se eleito, não vai permitir a alteração do sistema de pagamento de royalties de petróleo e participações especiais. A polêmica medida, aprovada mês passado pelo Senado Federal no pacote de legislações regulatórias para a exploração do petróleo na camada pré-sal, atinge principalmente o Rio de Janeiro e Espírito Santo, os dois maiores produtores do País.
De acordo com emenda apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), os recursos dos royalties deixariam de beneficiar exclusivamente os Estados produtores e passariam a ser distribuídos entre todas as unidades federativas.
Serra, que vinha sendo reticente sobre o assunto, dessa vez foi taxativo: "Essa ameaça permanente de tirar recursos do Espírito Santo, que é uma região produtora de petróleo, tirar os recursos dos royalties e acabar com a participação especial não vai acontecer", afirmou o tucano, após fazer corpo a corpo na cidade de Vila Velha, na região metropolitana de Vitória. "Ano que vem, isso não vai mais acontecer. Esse fator de incerteza e angústia vai desaparecer e o Espírito Santo vai poder trabalhar bem na direção de seu progresso."
O candidato ainda citou Dilma ao atribuir diretamente a ela a criação do projeto que muda o marco regulatório da exploração do petróleo no País e o seu envio ao Congresso em ano eleitoral - na época em que a petista era ministra da Casa Civil. Serra também falou do ex-ministro de Minas e Energias e atual senador pelo PMDB do Maranhão, Edison Lobão.
Asfixia. Segundo ele, foi Dilma que elaborou a proposta "para refazer a distribuição dos royalties e asfixiar, na prática, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro".
O tucano também cobrou investimentos federais para a recuperação de estradas, do porto e do aeroporto do Espírito Santo.
Serra também fez caminhada pela Avenida Jerônimo Monteiro, principal via do centro de Vitória, na companhia dos candidatos tucanos ao governo do Estado, Luiz Paulo Vellozo Lucas, e ao Senado, Rita Camata. O evento atrapalhou o trânsito e o fluxo de pedestres na avenida. Apesar de ter sido recebido com relativa simpatia pela população, muita gente reclamou da confusão, gritando "Lula" e "Dilma" em direção da comitiva tucana.
No Espírito Santo, tucano responsabiliza governo federal por problemas enfrentados pelo Estado nas áreas de infraestrutura, segurança pública e saúde
Alfredo Junqueira
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, encerrou a primeira semana de campanha abrindo fogo contra o governo federal e sua principal concorrente na disputa, Dilma Rousseff (PT). Em compromissos no Espírito Santo, o tucano atribuiu à União os problemas enfrentados pelo Estado nos setores de infraestrutura, segurança pública e saúde.
Serra disse que, se eleito, não vai permitir a alteração do sistema de pagamento de royalties de petróleo e participações especiais. A polêmica medida, aprovada mês passado pelo Senado Federal no pacote de legislações regulatórias para a exploração do petróleo na camada pré-sal, atinge principalmente o Rio de Janeiro e Espírito Santo, os dois maiores produtores do País.
De acordo com emenda apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), os recursos dos royalties deixariam de beneficiar exclusivamente os Estados produtores e passariam a ser distribuídos entre todas as unidades federativas.
Serra, que vinha sendo reticente sobre o assunto, dessa vez foi taxativo: "Essa ameaça permanente de tirar recursos do Espírito Santo, que é uma região produtora de petróleo, tirar os recursos dos royalties e acabar com a participação especial não vai acontecer", afirmou o tucano, após fazer corpo a corpo na cidade de Vila Velha, na região metropolitana de Vitória. "Ano que vem, isso não vai mais acontecer. Esse fator de incerteza e angústia vai desaparecer e o Espírito Santo vai poder trabalhar bem na direção de seu progresso."
O candidato ainda citou Dilma ao atribuir diretamente a ela a criação do projeto que muda o marco regulatório da exploração do petróleo no País e o seu envio ao Congresso em ano eleitoral - na época em que a petista era ministra da Casa Civil. Serra também falou do ex-ministro de Minas e Energias e atual senador pelo PMDB do Maranhão, Edison Lobão.
Asfixia. Segundo ele, foi Dilma que elaborou a proposta "para refazer a distribuição dos royalties e asfixiar, na prática, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro".
O tucano também cobrou investimentos federais para a recuperação de estradas, do porto e do aeroporto do Espírito Santo.
Serra também fez caminhada pela Avenida Jerônimo Monteiro, principal via do centro de Vitória, na companhia dos candidatos tucanos ao governo do Estado, Luiz Paulo Vellozo Lucas, e ao Senado, Rita Camata. O evento atrapalhou o trânsito e o fluxo de pedestres na avenida. Apesar de ter sido recebido com relativa simpatia pela população, muita gente reclamou da confusão, gritando "Lula" e "Dilma" em direção da comitiva tucana.
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