DEU NO BRASIL ECONÔMICO
Creio que a candidata Dilma Roussef atravessa um momento difícil, que revela sua grande fragilidade. O que se pode esperar de uma pessoa que, postulando a Presidência da República, entrega um programa de governo e, em menos de 24 horas, muda questões extremamente polêmicas, como aborto e invasões de terra?
Ela diz que não sabia o que assinou; que colocara sua rubrica em cada página sem ler aquilo que ali estava escrito.
Já não se sabe mais se a candidata é a favor ou contra as ações do MST, porque no programa o defende, depois, condena.
Aquilo que Dilma jogou no lixo eram as propostas aprovadas no último congresso do PT, seu partido. Mudou a candidata, o PT ou falaram mais alto as pressões de partidos aliados?
Foi preciso a atitude vexatória de trocar a proposta de governo entregue no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As últimas movimentações da candidata petista deixa uma inevitável preocupação apoquentando a cabeça de cada eleitor. Ela se negou a responder à pergunta "por que quer ser presidente do Brasil", enviada aos presidenciáveis pelo jornal "O Globo".
Como confiar em uma pessoa que não sabe responder - ou não se preocupa em dar satisfação à sociedade - questão tão básica, tão elementar e de tamanha importância?
Se negar a dizer aos brasileiros quais são suas efetivas intenções, o que pretende empreender no cargo mais importante do país é realmente uma atitude que deixa a impressão de que lhe é indiferente a opinião alheia.
A troca de propostas no TSE vem coroar essa indiferença. Não foi uma correção ortográfica, mas uma mudança de conteúdo significativa. Se ela reconhece que não eram aquelas as suas propostas, por que deu entrada no tribunal?
É incrível como alguém entrega um compromisso, propostas de governo e, em menos de 24 horas, o recusa, sob o argumento de que não era seu. Isso tão grave quanto o fato de a candidata se negar a debater.
Se ela renega o próprio programa, se recusa a responder por que quer ser presidente, não quer debater, como é possível saber - longe da maquiagem do marketing, claro, o que ela realmente pensa?
Não queremos uma campanha de marqueteiros, mas de candidatos de verdade, dizendo o que pensam e o que pretendem.
Os problemas do país nada têm para ser resolvidos com propaganda, embora o governo gaste mais com ela do que com as tragédias nacionais.
Tampouco interessa ao Brasil uma pessoa que se esconde atrás do criador para evitar o espelho, o embate, a realidade dura a ser resolvida.
Precisamos, sim, de um candidato de verdade, disposto a encarar opositores, no debate, e mais ainda os problemas nacionais; sem medo do debate ou da crítica, sem criadores que lhe sirvam de cortina para esconder os defeitos, a falta de experiência e escondam a biografia.
Ao contrário, o país necessita de candidatos com larga experiência e uma biografia que lhe honre ao ponto de exibi-la não só como propaganda, mas como uma prova de que tem capacidade e instrumentos para trabalhar por todos os brasileiros.
Roberto Freire é presidente do PPS
Creio que a candidata Dilma Roussef atravessa um momento difícil, que revela sua grande fragilidade. O que se pode esperar de uma pessoa que, postulando a Presidência da República, entrega um programa de governo e, em menos de 24 horas, muda questões extremamente polêmicas, como aborto e invasões de terra?
Ela diz que não sabia o que assinou; que colocara sua rubrica em cada página sem ler aquilo que ali estava escrito.
Já não se sabe mais se a candidata é a favor ou contra as ações do MST, porque no programa o defende, depois, condena.
Aquilo que Dilma jogou no lixo eram as propostas aprovadas no último congresso do PT, seu partido. Mudou a candidata, o PT ou falaram mais alto as pressões de partidos aliados?
Foi preciso a atitude vexatória de trocar a proposta de governo entregue no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As últimas movimentações da candidata petista deixa uma inevitável preocupação apoquentando a cabeça de cada eleitor. Ela se negou a responder à pergunta "por que quer ser presidente do Brasil", enviada aos presidenciáveis pelo jornal "O Globo".
Como confiar em uma pessoa que não sabe responder - ou não se preocupa em dar satisfação à sociedade - questão tão básica, tão elementar e de tamanha importância?
Se negar a dizer aos brasileiros quais são suas efetivas intenções, o que pretende empreender no cargo mais importante do país é realmente uma atitude que deixa a impressão de que lhe é indiferente a opinião alheia.
A troca de propostas no TSE vem coroar essa indiferença. Não foi uma correção ortográfica, mas uma mudança de conteúdo significativa. Se ela reconhece que não eram aquelas as suas propostas, por que deu entrada no tribunal?
É incrível como alguém entrega um compromisso, propostas de governo e, em menos de 24 horas, o recusa, sob o argumento de que não era seu. Isso tão grave quanto o fato de a candidata se negar a debater.
Se ela renega o próprio programa, se recusa a responder por que quer ser presidente, não quer debater, como é possível saber - longe da maquiagem do marketing, claro, o que ela realmente pensa?
Não queremos uma campanha de marqueteiros, mas de candidatos de verdade, dizendo o que pensam e o que pretendem.
Os problemas do país nada têm para ser resolvidos com propaganda, embora o governo gaste mais com ela do que com as tragédias nacionais.
Tampouco interessa ao Brasil uma pessoa que se esconde atrás do criador para evitar o espelho, o embate, a realidade dura a ser resolvida.
Precisamos, sim, de um candidato de verdade, disposto a encarar opositores, no debate, e mais ainda os problemas nacionais; sem medo do debate ou da crítica, sem criadores que lhe sirvam de cortina para esconder os defeitos, a falta de experiência e escondam a biografia.
Ao contrário, o país necessita de candidatos com larga experiência e uma biografia que lhe honre ao ponto de exibi-la não só como propaganda, mas como uma prova de que tem capacidade e instrumentos para trabalhar por todos os brasileiros.
Roberto Freire é presidente do PPS
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