DEU EM O GLOBO
O candidato tucano à Presidência, José Serra, cobrou a participação da petista Dilma Rousseff em debates eleitorais. "Não sou ventríloquo de marqueteiro nem de partido", afirmou Serra. Em Porto Alegre, Dilma disse que quer ser presidente para continuar mudando o país.
Serra fala em ventríloquo e diz que Dilma foge do debate
Tucano afirma ainda que petista fez "remendo mal feito" em programa de governo
Silvia Amorim* e Ana Paula de Carvalho**
O candidato tucano à Presidência, José Serra, cobrou a participação da petista Dilma Rousseff em debates eleitorais. "Não sou ventríloquo de marqueteiro nem de partido", afirmou Serra. Em Porto Alegre, Dilma disse que quer ser presidente para continuar mudando o país.
Serra fala em ventríloquo e diz que Dilma foge do debate
Tucano afirma ainda que petista fez "remendo mal feito" em programa de governo
Silvia Amorim* e Ana Paula de Carvalho**
CURITIBA. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, desafiou ontem a adversária Dilma Rousseff (PT) a dizer por que quer ser presidente do país. A declaração foi feita quando o tucano criticou o fato de a petista ter se ausentado de debates na pré-campanha, e de não ter respondido ao GLOBO por que quer ser presidente.
- O que quero é poder debater nem que seja para responder às mesmas perguntas. Se quiserem, ponham até uma gaiola de vidro para estimular a comparecer. Tem que ter debate. Parece que a candidata Dilma não sabe por que quer ser presidente - disse em Curitiba.
Tática do PT beira "exagero da omissão", diz Serra
O tucano citou o fato de Dilma não ter participado de uma reportagem do GLOBO publicada domingo. O jornal pediu a Serra, Dilma e Marina Silva (PV) que declarassem, em cinco minutos, por que querem ser presidente. Serra e Marina gravaram uma declaração, publicada no jornal e no site do GLOBO. Dilma, apesar de convidada com mais de 20 dias de antecedência, se recusou a responder.
Só no domingo, após ver em branco o espaço que seria destinado a Dilma no jornal, assim como no site, a campanha da petista procurou O GLOBO oferecendo-se, então, para gravar. Dilma mandou um vídeo segunda-feira, que foi ao ar ontem - mas foi produzido por sua equipe, que já conhecia as respostas dos concorrentes e utilizou recursos audiovisuais a que Serra e Marina não tiveram acesso.
Para Serra, a estratégia do PT de evitar que Dilma debata beira o "exagero da omissão".
- Eu nunca vi isso em campanha.
Ele atacou o programa de governo do PT, enviado anteontem à Justiça Eleitoral, chamando-o de "remendo mal feito".
- O primeiro programa era a alma daquilo que o PT quer. Lendo os dois, a gente vê que o segundo é um remendo mal feito, tirando questões polêmicas que, na verdade, eles defendem, como facilitar invasão de terras. A gente sabe que é o que acontece na prática. Sempre que pode isso é dito, depois vem e corrige, ou seja, são várias caras. Do nosso lado, ninguém contestará isso. Temos uma cara, que é a minha cara. Goste ou não goste da cara, só tenho uma - disse, referindo-se à troca de última hora feita pela campanha de Dilma no texto anterior, mais radical.
Em Curitiba, promessas na área social
- O que quero é poder debater nem que seja para responder às mesmas perguntas. Se quiserem, ponham até uma gaiola de vidro para estimular a comparecer. Tem que ter debate. Parece que a candidata Dilma não sabe por que quer ser presidente - disse em Curitiba.
Tática do PT beira "exagero da omissão", diz Serra
O tucano citou o fato de Dilma não ter participado de uma reportagem do GLOBO publicada domingo. O jornal pediu a Serra, Dilma e Marina Silva (PV) que declarassem, em cinco minutos, por que querem ser presidente. Serra e Marina gravaram uma declaração, publicada no jornal e no site do GLOBO. Dilma, apesar de convidada com mais de 20 dias de antecedência, se recusou a responder.
Só no domingo, após ver em branco o espaço que seria destinado a Dilma no jornal, assim como no site, a campanha da petista procurou O GLOBO oferecendo-se, então, para gravar. Dilma mandou um vídeo segunda-feira, que foi ao ar ontem - mas foi produzido por sua equipe, que já conhecia as respostas dos concorrentes e utilizou recursos audiovisuais a que Serra e Marina não tiveram acesso.
Para Serra, a estratégia do PT de evitar que Dilma debata beira o "exagero da omissão".
- Eu nunca vi isso em campanha.
Ele atacou o programa de governo do PT, enviado anteontem à Justiça Eleitoral, chamando-o de "remendo mal feito".
- O primeiro programa era a alma daquilo que o PT quer. Lendo os dois, a gente vê que o segundo é um remendo mal feito, tirando questões polêmicas que, na verdade, eles defendem, como facilitar invasão de terras. A gente sabe que é o que acontece na prática. Sempre que pode isso é dito, depois vem e corrige, ou seja, são várias caras. Do nosso lado, ninguém contestará isso. Temos uma cara, que é a minha cara. Goste ou não goste da cara, só tenho uma - disse, referindo-se à troca de última hora feita pela campanha de Dilma no texto anterior, mais radical.
Em Curitiba, promessas na área social
Mais tarde, em um evento na área social, Serra, sem citar nomes, comparou Dilma a um boneco de ventríloquo.
- Não sou ventríloquo de marqueteiro nem de partido, nem de comitês, nem de frações, nem de todas aquelas organizações antigas de natureza bolchevique, que do bolchevismo só ficaram com a curtição pelo poder, porque utopia não ficou nenhuma - discursou Serra para uma plateia de militantes tucanos, num clube de Curitiba.
Serra prometeu levar a todo o país o Mãe Brasileira - programa para gestantes da rede pública de saúde, criado na gestão tucana em Curitiba e replicado em São Paulo, que prevê assistência pré-natal, parto em local pré-definido e enxoval gratuito.
* Enviada especial
** Especial para O GLOBO
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