DEU EM O GLOBO
Tucano diz que, na gestão Lula, empresários não correm riscos; ele defende reforma tributária e ataca MST
Isabel Braga
GOIÂNIA. Em palestra para empresários goianos, ontem, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez críticas severas à forma como o governo Luiz Inácio Lula da Silva faz negócios com a iniciativa privada. Segundo Serra, ser empresário é ser empreendedor, é ter capacidade inovadora e correr riscos, mas no governo Lula, disse, os empresários que participam da construção de grandes obras não correm riscos, e quem paga o prejuízo é o governo.
Ele citou o caso da hidrelétrica de Belo Monte. A participação do dinheiro público em Belo Monte poderá pular dos 49,98% previstos inicialmente para até 72,38%, segundo cálculos do especialista Adriano Pires Rodrigues, se forem confirmadas as participações dos três maiores fundos de pensão de empresas estatais: Previ, do Banco do Brasil; Funcef, da Caixa Econômica; e a Petros, da Petrobras.
- Eu serei o presidente da produção no Brasil. O papel mais importante do empresário não é ficar rico, mas gerar empregos e ajudar a construir o Brasil. Tende a ser alguém que corre risco - disse Serra. - O atual governo não é da produção. Diz que é, mas não é. Esse governo ajuda, basta ver Belo Monte. É tudo sem risco. Se alguém paga a conta do que não dá certo, é o governo. Se não der problema, eles (os empresários) ganham.
Ainda na palestra, Serra também acusou o governo Lula de financiar o Movimento dos Sem Terra. Ele afirmou que o MST não é um movimento de reforma agrária, mas um movimento político, superado. Em entrevista, depois, acusou o MST de fazer campanha para Dilma e de suas ONGs estarem, ilegalmente, fazendo campanha:
- Advogo que têm liberdade para isso (se manifestar), mas não para receber dinheiro do governo para promover invasão, indo contra o desenvolvimento, contra a agricultura. Eles tiveram a esperteza de virar pessoas jurídicas, mas pode pegar as ONGs deles, estão todas fazendo campanha eleitoral, o que é ilegal. Aliás o advogado disse uma coisa, reproduzindo talvez Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a multa é pequena."
Críticas à aproximação de Lula com ditadores
Segundo Serra, o Brasil tem a maior carga tributária entre os países em desenvolvimento, a taxa de juros mais alta do mundo e baixo investimento governamental. Ele também criticou a falta de investimentos em aeroportos, especialmente os de cidades que vão sediar os jogos da Copa de 2014.
- A Dilma foi contra - disse Serra.
O tucano também fez outra crítica ácida à política externa de Lula e ironizou ainda a tentativa do presidente brasileiro de tentar um acordo em relação à produção de bomba atômica com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
- O Lula vive viajando. Divulgou o Brasil muito. Algumas iniciativas são discutíveis, como acreditar em ditadores que são versões hitlerianas do século XX. ( A tentativa de acordo). Teve divulgação internacional, mas, em matéria de comércio exterior, inércia total - disse Serra.
Tucano diz que, na gestão Lula, empresários não correm riscos; ele defende reforma tributária e ataca MST
Isabel Braga
GOIÂNIA. Em palestra para empresários goianos, ontem, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez críticas severas à forma como o governo Luiz Inácio Lula da Silva faz negócios com a iniciativa privada. Segundo Serra, ser empresário é ser empreendedor, é ter capacidade inovadora e correr riscos, mas no governo Lula, disse, os empresários que participam da construção de grandes obras não correm riscos, e quem paga o prejuízo é o governo.
Ele citou o caso da hidrelétrica de Belo Monte. A participação do dinheiro público em Belo Monte poderá pular dos 49,98% previstos inicialmente para até 72,38%, segundo cálculos do especialista Adriano Pires Rodrigues, se forem confirmadas as participações dos três maiores fundos de pensão de empresas estatais: Previ, do Banco do Brasil; Funcef, da Caixa Econômica; e a Petros, da Petrobras.
- Eu serei o presidente da produção no Brasil. O papel mais importante do empresário não é ficar rico, mas gerar empregos e ajudar a construir o Brasil. Tende a ser alguém que corre risco - disse Serra. - O atual governo não é da produção. Diz que é, mas não é. Esse governo ajuda, basta ver Belo Monte. É tudo sem risco. Se alguém paga a conta do que não dá certo, é o governo. Se não der problema, eles (os empresários) ganham.
Ainda na palestra, Serra também acusou o governo Lula de financiar o Movimento dos Sem Terra. Ele afirmou que o MST não é um movimento de reforma agrária, mas um movimento político, superado. Em entrevista, depois, acusou o MST de fazer campanha para Dilma e de suas ONGs estarem, ilegalmente, fazendo campanha:
- Advogo que têm liberdade para isso (se manifestar), mas não para receber dinheiro do governo para promover invasão, indo contra o desenvolvimento, contra a agricultura. Eles tiveram a esperteza de virar pessoas jurídicas, mas pode pegar as ONGs deles, estão todas fazendo campanha eleitoral, o que é ilegal. Aliás o advogado disse uma coisa, reproduzindo talvez Fernando Pessoa: "Tudo vale a pena quando a multa é pequena."
Críticas à aproximação de Lula com ditadores
Segundo Serra, o Brasil tem a maior carga tributária entre os países em desenvolvimento, a taxa de juros mais alta do mundo e baixo investimento governamental. Ele também criticou a falta de investimentos em aeroportos, especialmente os de cidades que vão sediar os jogos da Copa de 2014.
- A Dilma foi contra - disse Serra.
O tucano também fez outra crítica ácida à política externa de Lula e ironizou ainda a tentativa do presidente brasileiro de tentar um acordo em relação à produção de bomba atômica com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.
- O Lula vive viajando. Divulgou o Brasil muito. Algumas iniciativas são discutíveis, como acreditar em ditadores que são versões hitlerianas do século XX. ( A tentativa de acordo). Teve divulgação internacional, mas, em matéria de comércio exterior, inércia total - disse Serra.
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