A luta em defesa das liberdades de imprensa e, de modo mais amplo, de expressão ganha cada vez mais importância na América do Sul. Não apenas devido ao avanço do autoritarismo do caudilho Hugo Chávez contra jornais venezuelanos independentes, mas também ao recrudescimento, na Argentina, do cerco aos grupos Clarín e La Nación comandado da Casa Rosada pelo casal Kirchner. E a esses dois movimentos liberticidas se soma a ação de grupos políticos no continente, com representação no Brasil, em apoio a este garroteamento do jornalismo profissional, não chapabranca.
As intenções deletérias desses grupos de esquerda autoritária, neopopulistas, foram expressas semana passada, em Buenos Aires, no XVI encontro do Foro de São Paulo, organismo fundado na década de 90 para essas correntes políticas trocarem experiências, ajudarem-se mutuamente. Foi naquela época e desta forma que Lula e outros dirigentes petistas mantiveram contato com as Farc, que não estiveram presentes em Buenos Aires. Esperase que o Foro tenha concluído não ser saudável misturar-se à narcoguerrilha.
A ausência das Farc no encontro de Buenos Aires, entretanto, não tornou suas conclusões menos tóxicas para a democracia.
Como tem sido praxe nesse tipo de reunião vide a Confecom no Brasil , defendeu-se a democratização dos meios de comunicação e a limitação na concentração dos meios, termos cifrados para designar a censura em nome do social e dos direitos humanos, bem como a debilitação das empresas independentes de comunicação, para que passem a mendigar verbas públicas, fórmula infalível destinada a sufocar de vez a liberdade de imprensa.
Daí o tal encontro ter elogiado a Argentina, onde o casal Kirchner empreende novo ataque ao Clarín e ao La Nación.
Nos últimos dias, a Casa Rosada, como sempre de maneira arbitrária, cassou uma licença do grupo Clarín de provimento de serviços de internet e acelerou a escalada para tomar o controle da Papel Prensa, única fábrica de papel de imprensa do país, dona de 75% do mercado interno. Nesta empresa, o Estado argentino, com 28,08% das ações, é sócio do Clarín (49%) e do La Nación (22,49%), e tem feito de tudo para assumir toda a fábrica, com intenções óbvias. O agressivo e todo poderoso Guilhermo Moreno, secretário de Comércio Interior dos Kirchner, já fez inclusive ameaças de agressões físicas para conseguir afastar os grupos privados da empresa.
Para os brasileiros há um fator adicional de inquietação: o PT participou da reunião do Foro na capital argentina e subscreveu todos estes atentados às liberdades democráticas. Por irônica coincidência, enquanto PT e aliados latino-americanos urdiam contra as liberdades na Argentina, a candidata do partido, Dilma Rousseff, firmava, no Congresso da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), no Rio, a Declaração de Chapultepec, um decálogo aprovado pela imprensa das Américas em defesa da liberdade de imprensa e expressão como principal pilar da democracia.
Num possível governo Dilma, valerão o ato e as palavras da hoje candidata a favor das liberdades ou a intenção autoritária de militantes do seu partido? Não há por que duvidar da líder nas pesquisas eleitorais. Daí quanto mais cedo ela enquadrar os porões petistas, melhor para todos. Inclusive seu governo.
As intenções deletérias desses grupos de esquerda autoritária, neopopulistas, foram expressas semana passada, em Buenos Aires, no XVI encontro do Foro de São Paulo, organismo fundado na década de 90 para essas correntes políticas trocarem experiências, ajudarem-se mutuamente. Foi naquela época e desta forma que Lula e outros dirigentes petistas mantiveram contato com as Farc, que não estiveram presentes em Buenos Aires. Esperase que o Foro tenha concluído não ser saudável misturar-se à narcoguerrilha.
A ausência das Farc no encontro de Buenos Aires, entretanto, não tornou suas conclusões menos tóxicas para a democracia.
Como tem sido praxe nesse tipo de reunião vide a Confecom no Brasil , defendeu-se a democratização dos meios de comunicação e a limitação na concentração dos meios, termos cifrados para designar a censura em nome do social e dos direitos humanos, bem como a debilitação das empresas independentes de comunicação, para que passem a mendigar verbas públicas, fórmula infalível destinada a sufocar de vez a liberdade de imprensa.
Daí o tal encontro ter elogiado a Argentina, onde o casal Kirchner empreende novo ataque ao Clarín e ao La Nación.
Nos últimos dias, a Casa Rosada, como sempre de maneira arbitrária, cassou uma licença do grupo Clarín de provimento de serviços de internet e acelerou a escalada para tomar o controle da Papel Prensa, única fábrica de papel de imprensa do país, dona de 75% do mercado interno. Nesta empresa, o Estado argentino, com 28,08% das ações, é sócio do Clarín (49%) e do La Nación (22,49%), e tem feito de tudo para assumir toda a fábrica, com intenções óbvias. O agressivo e todo poderoso Guilhermo Moreno, secretário de Comércio Interior dos Kirchner, já fez inclusive ameaças de agressões físicas para conseguir afastar os grupos privados da empresa.
Para os brasileiros há um fator adicional de inquietação: o PT participou da reunião do Foro na capital argentina e subscreveu todos estes atentados às liberdades democráticas. Por irônica coincidência, enquanto PT e aliados latino-americanos urdiam contra as liberdades na Argentina, a candidata do partido, Dilma Rousseff, firmava, no Congresso da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), no Rio, a Declaração de Chapultepec, um decálogo aprovado pela imprensa das Américas em defesa da liberdade de imprensa e expressão como principal pilar da democracia.
Num possível governo Dilma, valerão o ato e as palavras da hoje candidata a favor das liberdades ou a intenção autoritária de militantes do seu partido? Não há por que duvidar da líder nas pesquisas eleitorais. Daí quanto mais cedo ela enquadrar os porões petistas, melhor para todos. Inclusive seu governo.
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