DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Para tucano, líder nas pesquisas no Paraná, ascensão de novos nomes não muda "hegemonia" paulista na sigla
Ex-prefeito afirma estar engajado na campanha de Serra e sugere que o presidenciável priorize Estados em que vai pior
Estelita Hass Carazzai
Para tucano, líder nas pesquisas no Paraná, ascensão de novos nomes não muda "hegemonia" paulista na sigla
Ex-prefeito afirma estar engajado na campanha de Serra e sugere que o presidenciável priorize Estados em que vai pior
Estelita Hass Carazzai
DE SÃO PAULO - Um dos poucos tucanos apontados como favorito nas pesquisas para os governos estaduais, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, candidato ao governo do Paraná, afirma que, mesmo que se eleja governador, será difícil tirar a "hegemonia" dos paulistas no PSDB nacional.
Dois dias após a divulgação da pesquisa Datafolha, que aponta Richa com possibilidade de vencedor as eleições já no primeiro turno, o tucano diz, justamente por conta dessa circunstância, que não tem a pretensão de liderar o PSDB no país. Por telefone, o candidato falou à Folha antes de iniciar carreata em Palmas (370 km de Curitiba), no interior.
Folha - Uma possível vitória sua no Paraná pode transformá-lo num nome importante do PSDB nacionalmente?
Beto Richa - É duro dizer. Estou fazendo meu trabalho aqui, agindo com coerência na vida pública, com o meu partido, e isso acho que tem feito a diferença. O crescimento político de alguém está baseado no trabalho que realiza. Eu acabei virando candidato a governador em razão da boa gestão que fiz na capital, reconhecida nacionalmente.
O Paraná pode ser um novo celeiro de líderes tucanos?
O Paraná tem grandes nomes, fundadores nacionais [do PSDB]. O meu pai [José Richa, ex-governador do Paraná] foi um fundador nacional do PSDB. Mas [o Paraná] não tem a densidade de um Estado como São Paulo.
Eu não tenho essa pretensão de o meu Estado ser aquele que vai liderar o PSDB nacionalmente. Acho que temos que nos unir, todos devem ter espaço conforme a importância e a densidade de cada Estado, como é hoje.
Eu não tenho essa visão de alguns, de dizer que vamos tirar a hegemonia de São Paulo. Temos que admitir que o PSDB é forte em São Paulo. É o maior Estado do país e há uma estrutura partidária muito forte lá.
É ruim que o PSDB seja um partido ainda muito associado a São Paulo?
Liderança não se dá, se conquista, com trabalho, com resultados. E o PSDB teve resultados extraordinários no Estado mais populoso do Brasil. Acho que é uma coisa natural São Paulo acabar tendo uma força partidária maior. É normal. Não tenho nada contra São Paulo.
Dilma Rousseff ultrapassou José Serra no Paraná, segundo o Datafolha. Há como reverter essa situação?
Ele tem vindo bastante [ao Paraná], mas tem que cuidar dos Estados em que a situação está mais desfavorável. Até porque aqui a gente tem cuidado da campanha dele.
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