DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Ranier Bragon
Ranier Bragon
DE BRASÍLIA - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que jornais "exageram pesado" contra sua candidatura, em algumas ocasiões, mas evitou dizer se apoia ou não o ato contra a imprensa programado para hoje pelo PT e por entidades de militância pró-governo.
A candidata começou dizendo que prefere a crítica ao "silêncio da ditadura". "Da minha parte, a imprensa pode falar o que bem entender. Eu, o máximo que vou fazer, quando achar que devo, é protestar dizendo: "Está errado por isso, por isso e por isso". Usando uma coisa fundamental, que é o argumento"", afirmou.
Em seguida, emendou uma brincadeira: "Sou absolutamente tolerante com vocês, podem fazer o que quiserem. Se eleita, agora é a minha propaganda para a mídia, vocês podem criticar o dia inteiro".
Diante da insistência dos repórteres, entretanto, falou do suposto "exagero pesado" contra ela. "Não vou falar que tenha golpe midiático, só vou falar que exageram um pouco. É só vocês lerem os jornais, tem hora que exageram pesado. Mas o fato de exagerar pesado a mim não incomoda", afirmou Dilma.
Ela usou como exemplo de procedimento que adotará o ataque que fez à Folha na segunda, quando acusou o jornal de ser "parcial" devido a reportagem sobre irregularidades apontadas por auditorias do Tribunal de Contas do Estado em atividades dela no Rio Grande do Sul.
Dilma também disse defender a exoneração de todas as pessoas indicadas pela ex-ministra Erenice Guerra caso tenham obtido o cargo por causa de parentesco ou amizade.
Dilma foi a responsável por levar Erenice -que perdeu o cargo de ministra da Casa Civil na semana passada sob suspeita de tráfico de influência- ao governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário