domingo, 10 de outubro de 2010

Líderes estaduais serão trunfo de Serra

DEU EM O GLOBO

Aliados de diferentes regiões do país ficarão responsáveis por levar às ruas a campanha presidencial tucana

Silvia Amorim

SÃO PAULO. Com a agenda de viagens do candidato à Presidência José Serra (PSDB) mais enxuta no segundo turno, o engajamento dos aliados nos estados passa a ter peso maior na estratégia da campanha, em comparação à primeira fase da disputa.

Em várias regiões do país, esses apoios serão os responsáveis por levar a campanha de Serra às ruas. Esta semana, estão previstas mobilizações em Minas, para um encontro com prefeitos capitaneados pelo senador eleito Aécio Neves, e em Santa Catarina, onde DEM e PMDB prometem um ato pró-Serra.

Por isso, o presidenciável dedicou a maior parte da primeira semana a conversas com lideranças estaduais e fez uma reunião, em Brasília, com apoiadores de sua candidatura. Os tucanos não querem cometer o mesmo erro do primeiro turno, quando aliados queixaram-se de falta de organização da candidatura para promover um trabalho conjunto de mobilização.

Serra teve 33,1 milhões de votos contra 47,7 milhões de Dilma Rousseff (PT). Se a taxa de abstenção e de votos nulos e em branco se repetir no dia 31, vencerá a eleição quem tiver conquistado mais de 50 milhões de eleitores. Os votos válidos no primeiro turno somaram 101 milhões.

Numa autoanálise feita pela oposição, após o resultado das urnas, a articulação política local foi apontada como um dos pontos fracos da candidatura de Serra. Uma das faces visíveis do problema foi a falta de material publicitário nos estados. Por restrições de orçamento e por desorganização, a produção de folhetos, adesivos e santinhos deu-se a conta-gotas nos primeiros dois meses de campanha.

É outra falha que a campanha correu para evitar que se repita.

Minutos após a confirmação do segundo turno, a área responsável pela infraestrutura encomendou nova remessa de material de propaganda. Na terça-feira, protótipos com o novo slogan “Serra é do bem” já circulavam pelo comitê, em São Paulo, para análise dos coordenadores.

— Distribuiremos de forma proporcional o material para todos os estados. Todo mundo vai receber — explica o coordenador de infraestrutura da campanha, Sérgio Kobayashi.

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