Não sou favorável à divulgação de pesquisas eleitorais. Pelo menos a um mês de qualquer eleição. Elas, as pesquisas, terminam se convertendo em instrumentos de intervenção e direcionamento do processo de livre escolha de candidatos. Todavia, como são permitidas atualmente, recorro aos seus números para analisar rapidamente o porquê da vantagem que o candidato tucano, Teotonio Vilela, continua a ostentar em relação ao seu opositor.
Essa vantagem não decorre, em sua base mais profunda, de nenhuma fórmula espetacular de marketing ou de algum traço carismático do governador candidato à reeleição. Em verdade, ela repousa sobre conquistas administrativas e institucionais que, apesar de óbvias para qualquer projeto equilibrado de governo, terminam sendo notáveis para o contexto do Estado de Alagoas, onde o processo de desagregação da máquina governamental há muitos anos parecia irrefreável.
Teotonio, à diferença do seu adversário, consegue agora, com ajuda da mobilização de campanha e do horário eleitoral, apresentar um elenco consistente de ações que efetivamente comprovam a reversão das tendências negativas que pairavam como uma nuvem sombria sobre as perspectivas da gestão pública e das possibilidades de retomada do desenvolvimento em Alagoas.
O atual governador demorou muito em mostrar, para amplos segmentos da população, em que consistia essa reversão e a conseqüente criação de um clima positivo em Alagoas. Agora, porém, os ventos parecem finalmente ajudá-lo a velejar um barco cujas estruturas foram reformadas com muitas dificuldades, mas em grau suficiente para permitir a chegada a um porto seguro.
Esses fundamentos que dão vantagem a Vilela não se prestam a grandes apelos de propaganda, mas são essenciais para conformar as convicções dos que formam opinião e, em última instância, são fatores de razoável influência no processo eleitoral. Com efeito, são esses segmentos dos formadores de opinião, aqueles que percebem com nitidez o quão necessário foram os ajustes feitos nas contas públicas, na política fiscal, no enxugamento da máquina e no resgate da moralidade administrativa como elementos imprescindíveis para resgatar o peso do Estado no movimento da socioeconomia.
Esses processos mais profundos não aparecem, mas terminam deixando suas marcas políticas. A regularização do repasse constitucional aos municípios, por exemplo, consolidou a imagem da administração atual para além daquilo que talvez nem mesmo seus integrantes imaginem. E a ela somam-se ações extremamente importantes como a renegociação das dívidas, a reabertura dos canais de crédito, a estabilização da condição de adimplência, a capacidade de oferecer contrapartidas, a retomada da poupança interna.
Essa vantagem não decorre, em sua base mais profunda, de nenhuma fórmula espetacular de marketing ou de algum traço carismático do governador candidato à reeleição. Em verdade, ela repousa sobre conquistas administrativas e institucionais que, apesar de óbvias para qualquer projeto equilibrado de governo, terminam sendo notáveis para o contexto do Estado de Alagoas, onde o processo de desagregação da máquina governamental há muitos anos parecia irrefreável.
Teotonio, à diferença do seu adversário, consegue agora, com ajuda da mobilização de campanha e do horário eleitoral, apresentar um elenco consistente de ações que efetivamente comprovam a reversão das tendências negativas que pairavam como uma nuvem sombria sobre as perspectivas da gestão pública e das possibilidades de retomada do desenvolvimento em Alagoas.
O atual governador demorou muito em mostrar, para amplos segmentos da população, em que consistia essa reversão e a conseqüente criação de um clima positivo em Alagoas. Agora, porém, os ventos parecem finalmente ajudá-lo a velejar um barco cujas estruturas foram reformadas com muitas dificuldades, mas em grau suficiente para permitir a chegada a um porto seguro.
Esses fundamentos que dão vantagem a Vilela não se prestam a grandes apelos de propaganda, mas são essenciais para conformar as convicções dos que formam opinião e, em última instância, são fatores de razoável influência no processo eleitoral. Com efeito, são esses segmentos dos formadores de opinião, aqueles que percebem com nitidez o quão necessário foram os ajustes feitos nas contas públicas, na política fiscal, no enxugamento da máquina e no resgate da moralidade administrativa como elementos imprescindíveis para resgatar o peso do Estado no movimento da socioeconomia.
Esses processos mais profundos não aparecem, mas terminam deixando suas marcas políticas. A regularização do repasse constitucional aos municípios, por exemplo, consolidou a imagem da administração atual para além daquilo que talvez nem mesmo seus integrantes imaginem. E a ela somam-se ações extremamente importantes como a renegociação das dívidas, a reabertura dos canais de crédito, a estabilização da condição de adimplência, a capacidade de oferecer contrapartidas, a retomada da poupança interna.
Os frutos desse processo de estabilização de um Estado que parecia dramaticamente afundado numa crise inadministrável no curto e médio prazos, aparecem justamente agora e são traduzidos em realizações mais visíveis para o eleitor, como é o caso dos investimentos que foram atraídos, do melhor funcionamento dos serviços públicos, do amplo cardápio de projetos em elaboração ou trâmite, dos convênios firmados, das metas menos fantasiosas e mais tangíveis, inclusive no que diz respeito aos orçamentos e planejamento.
Apesar da crescente despolitização e desqualificação das disputas políticas no Brasil, o eleitorado, mesmo submetido a inventivas técnicas de manipulação da opinião, nunca perde totalmente um certo sentido de realidade. E é isso que parece prevalecer na campanha eleitoral em curso e aquilo que explica porque Teotonio tem começado como perdedor e terminado como favorito nas últimas eleições majoritárias.
Anivaldo Miranda é jornalista.
Anivaldo Miranda é jornalista.
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