DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - A julgar pelos nomes já anunciados para a Esplanada dos Ministérios, Dilma Rousseff escolheu optar por pessoas adeptas da moderação. Não há nenhuma personalidade mercurial como as de alguns que habitaram as equipes de Lula no início de seus dois mandatos presidenciais.
Pode-se não concordar com as ideias ou as metodologias de Antonio Palocci, Guido Mantega, Gilberto Carvalho e José Eduardo Cardozo, entre outros já anunciados como ministros, mas nenhum deles é dado ao confronto.
Mesmo a modorrenta e já previsível acomodação do PMDB no primeiro escalão federal caminha por enquanto para nomes que não chamam a atenção pela beligerância. Nos outros partidos aliados a Dilma tampouco há indicações de futuros ministros dados a produzir arestas políticas em série.
Há um outro aspecto muito notado na equipe de Dilma: a imensa maioria dos nomeados pertence ou pertenceu ao governo Lula. Alguns se espantam com o lulismo excessivo a partir de 2011 ou o criticam.
A realidade demonstra, entretanto, que seria uma grande surpresa se a presidente eleita tivesse feito escolhas em sentido oposto. Primeiro, porque não há sinal de desacordo entre ela e seu padrinho político. Segundo, porque, diferentemente do atual presidente, a futura ocupante do Planalto não tem uma equipe numerosa de assessores que a acompanha há décadas.
Moderados e lulistas, essas são as duas marcas principais da equipe de Dilma. Se vai dar certo é outra história, mas esse "baixo perfil" dos principais nomes do próximo governo dá até um certo ar blasé para a formatação dos ministérios. Nunca houve tanta previsibilidade nesse processo depois que o Brasil saiu da ditadura militar.
Essa é a rota natural da democracia. Quando vai se consolidando, nomeação de ministros passa a ter um caráter mais de normalidade e muito menos de espetáculo.
BRASÍLIA - A julgar pelos nomes já anunciados para a Esplanada dos Ministérios, Dilma Rousseff escolheu optar por pessoas adeptas da moderação. Não há nenhuma personalidade mercurial como as de alguns que habitaram as equipes de Lula no início de seus dois mandatos presidenciais.
Pode-se não concordar com as ideias ou as metodologias de Antonio Palocci, Guido Mantega, Gilberto Carvalho e José Eduardo Cardozo, entre outros já anunciados como ministros, mas nenhum deles é dado ao confronto.
Mesmo a modorrenta e já previsível acomodação do PMDB no primeiro escalão federal caminha por enquanto para nomes que não chamam a atenção pela beligerância. Nos outros partidos aliados a Dilma tampouco há indicações de futuros ministros dados a produzir arestas políticas em série.
Há um outro aspecto muito notado na equipe de Dilma: a imensa maioria dos nomeados pertence ou pertenceu ao governo Lula. Alguns se espantam com o lulismo excessivo a partir de 2011 ou o criticam.
A realidade demonstra, entretanto, que seria uma grande surpresa se a presidente eleita tivesse feito escolhas em sentido oposto. Primeiro, porque não há sinal de desacordo entre ela e seu padrinho político. Segundo, porque, diferentemente do atual presidente, a futura ocupante do Planalto não tem uma equipe numerosa de assessores que a acompanha há décadas.
Moderados e lulistas, essas são as duas marcas principais da equipe de Dilma. Se vai dar certo é outra história, mas esse "baixo perfil" dos principais nomes do próximo governo dá até um certo ar blasé para a formatação dos ministérios. Nunca houve tanta previsibilidade nesse processo depois que o Brasil saiu da ditadura militar.
Essa é a rota natural da democracia. Quando vai se consolidando, nomeação de ministros passa a ter um caráter mais de normalidade e muito menos de espetáculo.
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