A presente edição tem como tema de capa a revolução democrática que percorre o mundo árabe. É difícil exagerar o alcance das mudanças que esses acontecimentos ao mesmo tempo representam e anunciam. Seja qual for o resultado imediato dos movimentos populares em cada um dos países protagonista; terminem eles com a queda ou permanência dos regimes, com o triunfo dos revoltosos, da repressão ou com acordos em torno de saídas negociadas para a crise, o mundo mudou e não voltará a ser como antes.
Regimes autoritários estabelecidos há décadas, preservados na dinâmica da guerra fria, que haviam sobrevivido sem maiores danos a crises anteriores, foram varridos, em alguns casos, e encontram-se sob assalto, em outros, por uma onda de protestos que teve como estopim a autoimolação de um manifestante tunisiano.
Protestos inesperados, surpreendentes pela sua magnitude, com características novas: presença da juventude escolarizada, uso das redes sociais na sua organização, reivindicações laicas, de direitos políticos e civis, de um lado; de outro, pequena presença de lideranças e organizações tradicionais, agenda de reivindicações sem menção a palavras de ordem antiamericanas ou consignas fundamentalistas.
Ficou claro o papel revolucionário da informação. A maioria dos manifestantes é jovem, foi beneficiada pela expansão recente da educação nesses países e está conectada na internet. O acesso à internet e às redes sociais é fundamental, como assinala a maior parte dos analistas, para a convocação e organização das manifestações. Sua importância maior, porém, está nas origens da motivação dos manifestantes. Informação em tempo real, um público com as condições educacionais mínimas para ter acesso a ela, uma rede física de pontos de acesso à rede, tudo isso produz mudança de expectativas e com elas novos objetivos e reivindicações políticas.
Regimes autoritários estabelecidos há décadas, preservados na dinâmica da guerra fria, que haviam sobrevivido sem maiores danos a crises anteriores, foram varridos, em alguns casos, e encontram-se sob assalto, em outros, por uma onda de protestos que teve como estopim a autoimolação de um manifestante tunisiano.
Protestos inesperados, surpreendentes pela sua magnitude, com características novas: presença da juventude escolarizada, uso das redes sociais na sua organização, reivindicações laicas, de direitos políticos e civis, de um lado; de outro, pequena presença de lideranças e organizações tradicionais, agenda de reivindicações sem menção a palavras de ordem antiamericanas ou consignas fundamentalistas.
Ficou claro o papel revolucionário da informação. A maioria dos manifestantes é jovem, foi beneficiada pela expansão recente da educação nesses países e está conectada na internet. O acesso à internet e às redes sociais é fundamental, como assinala a maior parte dos analistas, para a convocação e organização das manifestações. Sua importância maior, porém, está nas origens da motivação dos manifestantes. Informação em tempo real, um público com as condições educacionais mínimas para ter acesso a ela, uma rede física de pontos de acesso à rede, tudo isso produz mudança de expectativas e com elas novos objetivos e reivindicações políticas.
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