segunda-feira, 25 de abril de 2011

Líder do PPS critica uso de recursos de estatais para financiar Dia do Trabalhador


Rubens Bueno critica uso de recursos de estatais
Líder: Luta legítima dos trabalhadores foi abandonada pelas centrais

Nadja Rocha

O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR),criticou o uso de dinheiro de empresas estatais para financiar a festa promovida pelas centrais sindicais em comemoração ao Dia 1º de Maio. O custo estimado do evento será R$ 5 milhões, parte desse dinheiro sairá da Petrobras, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, Eletrobras, dentre outras empresas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) é a principal promotora da festa.

"É um verdadeiro absurdo essa farra ser promovida às custas de recursos públicos", condenou Bueno. Embora classifique a comemoração um "legítimo" direito dos trabalhadores, o parlamentar disse que o "patrocínio" estatal é mais uma demonstração de as entidades sindicais foram cooptadas pelo governo do PT.

"Esse financiamento é um sinal claro de que as centrais se entregaram ao governo. São chapas-brancas, perderam a autonomia. Abandonaram a luta legítima dos trabalhadores por cargos comissionados e benesses, como parte da bolada da contribuição sindical", reafirmou Rubens Bueno.

Bueno lembrou que a rebelião na obra da hidrelétrica de Jirau (RO) é exemplo de que a massa trabalhadora está entregue “à própria sorte”. “Os operários receberam um “pito” das centrais. Ao invés de se unirem no canteiro de obra, as instituições foram se reunir no Palácio do Planalto com os representantes das empreiteiras”, criticou Rubens Bueno.

Lula cooperou com a irregularidade

No ano passado, as seis centrais sindicais receberam juntas cerca de R$ 100 milhões. E não há legislação que as obrigue a divulgar o que fazem com os recursos. Na lei que legitimou o repasse da contribuição sindical às entidades, o presidente Lula vetou o artigo que obrigava as centrais a prestarem contas ao TCU (Tribunal de Contas da União). O PPS é autor de ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a cobrança obrigatória do imposto sindical.

FONTE: PORTAL DO PPS

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