Mais preocupado em livrar-se da ameaça de uma CPI do que coordenar as ações do governo, é incapaz de comandar sua própria base, obrigando a presidente a negociar no varejo para preservar seu ministro, e tentar governar.
Esse é o quadro desolador de um governo que não governa, como pode ser facilmente observado pela paralisia das obras do PAC 2, notadamente as que envolvem a Copa e a Olimpíada, o retorno da inflação e o crescente desajuste fiscal.
Um dos resultados desse desgoverno é o ambiente cada vez mais confuso em que atua sua base parlamentar.
Não por outro motivo, o ex-presidente Lula assoma o proscênio buscando o apoio de Sarney para impedir que Palocci não tenha que prestar contas sobre o fantástico desempenho de sua “empresa de consultoria”, formada por dois empregados, e sobre a qual ninguém no mercado nunca ouviu falar.
Talvez seja em relação a ela que o ex-presidente se referia quando falava em “espetáculo do crescimento”.
Roberto Freire, deputado federal e presidente do PPS. Um governo tutelado. Brasil Econômico, 27/5/2011.
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