Andreza Matais e Gabriela Guerreiro
BRASÍLIA - O senador Pedro Simon (PMDB-RS) vai aproveitar um almoço com a presidente Dilma Rousseff depois de amanhã para pedir que ela afaste o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) enquanto ele estiver sob suspeita de enriquecimento ilícito.
A ideia é usar o encontro da bancada do PMDB no Senado com a presidente para abordar o assunto. Simon é o segundo senador da base aliada a defender o afastamento do ministro. A primeira foi Ana Amélia (PP-RS).
Da ala dissidente do PMDB, ele disse que de nada irá adiantar uma CPI para investigar Palocci, porque o governo vai repetir a estratégia de esvaziar os trabalhos.
"A única pessoa que pode esclarecer esses fatos é o procurador-geral da República."
O procurador Roberto Gurgel analisa se abre investigação contra Palocci.
O ministro se recusa a informar quem eram seus clientes sob o argumento de que os contratos têm cláusula de confidencialidade.
DISCURSOS
Conhecido pela contundência dos seus discursos, Simon já provocou a demissão do então ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, no governo FHC, após falar no plenário.
Mendonça de Barros teve seu nome envolvido em um escândalo de grampos no BNDES, na época das privatizações, mas foi absolvido.
Simon também promete aconselhar, em discurso amanhã, Palocci a deixar o cargo. "É ridículo ele se recusar a depor no Congresso. Como assim ele não quer falar?"
Também do PMDB, o senador Roberto Requião (PR) voltou a criticar a blindagem.
"Essa complacência com a corrupção compromete todo um projeto de nação. Continuo acreditando no governo da Dilma, mas eu não sou complacente com o que está acontecendo no país", disse ele em seu site.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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