Prefeitura e escola estão na mira
Cássio Bruno
O Ministério Público Federal (MPF) abriu dois inquéritos para investigar possíveis irregularidades no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, no Rio. Um deles é o repasse, entre 2006 e 2008, de R$915 mil à Escola Comunitária Suely Marques, em Belford Roxo. À época, o coordenador era filiado ao PCdoB e ligado ao ex-deputado federal Edmilson Valentim. Nas vistorias realizadas nos núcleos vinculados à escola, onde o programa - constituído de oficinas esportivas para para crianças e adolescentes - também era realizado, o Ministério Público Federal constatou uma série de problemas: locais com estruturas inadequadas, atraso de até dez meses par ao início das atividades esportivas e alterações no controle de frequência dos alunos.
O Ministério Público Federal apura ainda suposto favorecimento da prefeitura de Nova Iguaçu, em 2007, a uma empresa numa licitação que visava fornecer alimentos aos alunos do programa Segundo Tempo. O prefeito, à época, era o senador Lindbergh Farias (PT).
No primeiro caso, Suely Marques, dona da escola, acusa, em depoimento, o ex-coordenador Sérgio Carolino de não fornecer os documentos exigidos às prestações de contas, de ameaçá-la e pressioná-la a assinar cheques em branco. Carolino foi candidato a vereador pelo Rio, em 2008, pelo PCdoB, e a deputado estadual, em 2010, pelo PRTB, mas não foi eleito.
Valentim, hoje vice-presidente do diretório regional do PCdoB, admitiu conhecer Carolino e, quando era deputado, disse dar apoio a ONGs e prefeituras a conseguir convênios no Ministério do Esporte. Carolino não foi encontrado.
- Já dei explicações ao ministério - afirmou Suely.
Em Nova Iguaçu, a Home Bread Indústria e Comércio ganhou licitação de R$346 mil. Em nota, o senador Lindbergh Farias disse que tudo foi aprovado pelo Tribunal de Contas.
FONTE: O GLOBO
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