Evento, que começa na terça-feira no RS, teve ao menos R$ 3,6 milhões em investimento com verbas públicas
Felipe Bächtold
PORTO ALEGRE - O Fórum Social volta nesta semana ao Rio Grande do Sul, onde foi criado há 11 anos como contraponto ao Fórum Econômico Mundial de Davos, que reúne líderes empresariais e políticos na Suíça.
Além de Porto Alegre, irão sediar o evento os municípios vizinhos de Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
O encontro, que começa nesta terça e vai até domingo, é bancado em sua maior parte com dinheiro público -R$ 3,6 milhões em verbas públicas, segundo levantamento feito pela Folha.
Um dos focos do Fórum Social será o movimento global de protesto contra o mercado financeiro. São aguardados integrantes das manifestações da Europa, como os "Indignados" espanhóis, e dos Estados Unidos, em uma tentativa de aproveitar a repercussão desses protestos pelo mundo em 2011.
Para o empresário Oded Grajew, um dos idealizadores do Fórum Social, a aproximação é natural porque o evento serviu para a "gestação" de algumas dessas mobilizações. "Essas correntes são velhas frequentadoras do Fórum", diz.
Para o prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann, o evento mudou e não é mais radicalizado. Na primeira edição, a imagem de um ativista francês destruindo plantações de soja transgênica ficou famosa.
Programação
O Fórum terá mais de 800 atividades, como debates e oficinas, sobre temas que vão de quilombolas e direitos autorais a saúde pública. Também haverá plenárias sobre a conferência ambiental Rio+20, que ocorre em junho.
A presidente Dilma Rousseff deve participar da programação na quinta-feira. Outras estrelas serão a líder estudantil chilena Camila Vallejo, a ex-senadora Marina Silva e o sociólogo português Boaventura Sousa Santos. O jornalista Amaury Ribeiro Júnior vai divulgar o livro "A Privataria Tucana".
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário