Debate no Paraná entre Ducci, Fruet e Ratinho Jr. inclui temas como urbanismo e título de "capital ecológica"
Paulo Celso Pereira
BRASÍLIA Um empate técnico entre três candidatos faz de Curitiba a eleição mais disputada do país. Ratinho Júnior (PSC), Luciano Ducci (PSB) e Gustavo Fruet (PDT) estão, se contada a margem de erro, tecnicamente empatados nas duas pesquisas Ibope realizadas no período. Com perfis absolutamente distintos, tentam conquistar a capital paranaense com debates incomuns para a maioria das cidades. Apesar de saúde e segurança estarem presentes, o debate em Curitiba passa também por questões como "resgate da referência em urbanismo" e retomada do título de "capital ecológica".
Desde sexta-feira, quando foi divulgada a nova pesquisa Ibope, Ratinho Júnior conseguiu tomar a dianteira, com 27% das intenções de voto. Ele cresceu quatro pontos em relação à pesquisa anterior, divulgada no dia 10, e viu seus dois adversários perderem pontos. O prefeito Luciano Ducci, até então à frente da disputa, caiu de 25% para 23%, e Gustavo Fruet (PDT), de 24% para 21%. Ainda assim, como a margem de erro é de 4 pontos percentuais, os três seguem empatados.
O prefeito e seus dois principais adversários têm explicações diferentes para o quadro. Para Ducci, esta eleição deve ser comparada à de Gilberto Kassab à prefeitura de São Paulo em 2008 e à de Antonio Anastasia ao governo de Minas Gerais em 2010. Assim como Ducci, ambos eram vices e herdaram a administração de aliados populares. No caso de Ducci, o governador Beto Richa (PSDB) fora eleito prefeito de Curitiba em 2008, mas deixou o cargo para disputar o governo paranaense em 2010. Hoje, é o principal patrono da candidatura de Ducci e ocupa boa parte do horário eleitoral do aliado.
- O cenário atual é natural no meu caso. Eu não participei do último processo eleitoral, enquanto um deles (dos adversários) foi o candidato ao Senado com mais votos em Curitiba (Fruet), e o outro foi o deputado federal mais votado do estado (Ratinho). Temos agora oportunidade de mostrar quem está com a gente e qual o nosso lado - explica Ducci.
FONTE: O GLOBO
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